6/12/2014 21:16
Mano cita 'trairagem', e Gobbi cutuca postura de Andrés Sanchez
Ex-presidente afirmou que teria renovado com Mano, enquanto nos bastidores age para chegada de outros técnicos. Sem citar nome, Mano fala em 'trairagem'
Mano despediu-se do Timão neste sábado (Foto: Reginaldo Castro/ LANCE!Press)
O técnico Mano Menezes despediu-se do Corinthians após a vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma, neste sábado. Sua saída, pré-anunciada há quase dois meses, deu-se porque ele não agradava a nenhum dos grupos políticas que irão concorrer nas eleições presidenciais do clube, em fevereiro de 2015.
Na última quinta-feira, o ex-presidente Andrés Sanchez, que tem a preferência por contratar Oswaldo de Oliveira ou Abel Braga, concedeu uma entrevista coletiva e afirmou que teria renovado o contrato de Mano há alguns meses. Sem citar nomes, o treinador criticou a posição do ex-mandatário, já que nos bastidores sua atitude é outra.
- Todo mundo sabe quem queria que eu ficasse e quem não queria. Vocês também sabem. Então se sabem, podem dizer, não precisa eu dizer. As pessoas têm o direito de pensarem dessa forma. Da mesma maneira que o presidente Mário Gobbi tem a preferência por mim, outras pessoas têm o direito de quererem outros profissionais. Isso nunca me incomodou. Vocês, às vezes, acham que um jogador joga melhor, eu tenho preferência por outros.
Isso no dia a dia do futebol é absolutamente normal. O que foge da normalidade é dizer num lugar que você quer e no outro que não quer. Em um momento falar que quer e no outro pedir a cabeça do técnico. Para mim, é só isso que está fora dos conformes e o que a gente considera uma, entre aspas, trairagem - disse Mano.
Na pergunta seguinte, um repórter questionou Mano se ele se referia realmente ao ex-presidente Andrés Sanchez.
- Por que você acha que estou falando dele? Então você já sabe. Quer que eu diga o que pensa? Diga você. Essas questões não são importantes mais para mim. Eu citei que isso existe, porque vocês me perguntaram. Mas não vou falar o nome das pessoas, faz parte da política interna. Acontece aqui, acontece em outros lugares. Nós, do futebol, temos de saber conviver com isso. Me incomoda, não é bom, não precisa. Eu venho aqui, assumo, sou criticado, elogiado, é democracia. No dia a dia, dentro do complexo mundo em que a gente vive, é fundamental a transparência na relação, poder confiar no dirigente e ele confiar no que você está fazendo - completou o treinador.
Na mesma hora em que Mano Menezes concedia sua coletiva, o presidente Mário Gobbi apareceu na zona mista da Arena Corinthians e comentou sobre o caso, já que ele foi nominalmente criticado por Andrés.
- Falar hoje que tinha de continuar o trabalho é fácil. Quero ver dar tempo ao tempo. A cultura do futebol de imediatismo é medíocre e não vai mudar nunca. Que não se perca na memória as pessoas que foram na minha sala pedindo para demitir o Mano. Ninguém enxerga o trabalho do dia a dia. Só enxergam o resultado - disse o atual presidente.
- Eu trouxe ele (Mano Menezes), confio muito nele, admiro o trabalho dele, a competência dele e só ele mesmo para fazer de um ano tão difícil como esse se tornar vitorioso. Tínhamos duas metas. Primeiro, a reformulação completa do departamento de futebol. Foi feita. Segundo, classificar para a Libertadores. Também foi feito - completou Gobbi.
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