Mario Gobbi em entrevista coletiva (Foto: Rodrigo Faber)

O presidente do Corinthians, Mário Gobbi Filho, anunciou neste sábado a saída do técnico Mano Menezes. O dirigente, no cargo até o início de fevereiro de 2016, revelou que nenhum dos candidatos à presidência do clube quer a permanência do treinador. Tite e Oswaldo de Oliveira são os favoritos.

-Se eu tivesse mais um ano de mandato, renovaria o contrato. O mundo inteiro sabe disso. Mas eu não serei o presidente em 6 de fevereiro e não posso assinar um contrato sendo que, quem vem, não quer o Mano. Quer outro técnico. Tenho de respeitar. Faz parte do futebol. Quando eu quis trazer o mano, pessoas não queriam. Eu banquei. O futuro presidente, de todos (candidatos) que eu falei, nenhum pediu a permanência dele. O candidato do nosso grupo (Roberto de Andrade) tem outro projeto - afirmou.

O Corinthians espera anunciar o novo treinador no dia 15 de dezembro. Os nomes de Tite e Oswaldo de Oliveira, campeões mundiais pelo clube, são os mais fortes. Abel Braga, hoje no Internacional, corre por fora. A ideia da direção é de que o técnico se apresente com o grupo no dia 5 de janeiro, data do início da pré-temporada.
Gobbi falou com a imprensa nos vestiários da Arena Corinthians e exaltou o trabalho feito por Mano Menezes ao longo da temporada. O comandante deixa o cargo sem títulos, mas coloca o clube novamente na Taça Libertadores. O Timão disputará a fase prévia contra uma equipe colombiana nos dia 4 e 11 de fevereiro.
- Eu trouxe ele, confio muito nele, admiro o trabalho dele, a competência dele e só ele mesmo para fazer de um ano tão difícil como esse se tornar vitorioso. Tínhamos duas metas. Primeiro, a reformulação completa do departamento de futebol. Foi feita. Segundo, classificar para a Libertadores. Também foi feito.
O dirigente não perdeu a chance de alfinetar o ex-presidente Andrés Sanchez, com quem está rompido politicamente no clube. Nesta semana, ele declarou que, se estivesse no poder, já teria renovado o contrato de Mano. No entanto, há alguns meses, pediu a cabeça do treinador após a eliminação na Copa do Brasil diante do Atlético-MG.

- Falar hoje que tinha de continuar o trabalho é fácil. Quero ver dar tempo ao tempo. A cultura do futebol de imediatismo é medíocre e não vai mudar nunca. Que não se perca na memória as pessoas que foram na minha sala pedindo para demitir o Mano. Ninguém enxerga o trabalho do dia a dia. Só enxergam o resultado.