Elias, Guerrero e Malcom comemoram gol do Corinthians contra o Fluminense no Maracanã
Elias, Guerrero e Malcom comemoram gol do Corinthians contra o Fluminense no Maracanã

Em meio a negociações com parceiros, o Corinthians já admite que pode entrar em 2015 com seu uniforme mais vazio. Faltando 25 dias para o ano acabar, o clube paulista não conseguiu acertar a renovação dos contratos com nenhum dos quatro patrocinadores que tem (Caixa Econômica Federal, Tim, Fisk e Car System). Quase todos os acordos terminam em dezembro.

Para se ter uma ideia do que isso significa, o clube arrecada pouco mais de R$ 44 milhões por ano com a comercialização das suas propriedades da camisa (atualmente, o espaço do calção não foi vendido). Só o banco dá ao time paulista cerca de R$ 32 milhões.

É justamente com a Caixa que tem sido mais difícil um novo acerto. A empresa chegou a confirmar para a direção do alvinegro que gostaria de continuar, discutiu a maior parte das bases de um novo contrato, mas na hora de assinar pediu mais um tempo, por causa da troca dos ministérios com a reeleição de Dilma Rousseff. O prazo, inclusive, era na semana passada, mas ninguém procurou o departamento de marketing corintiano até agora.

"Estamos aguardando. As conversas estão acontecendo com todos os patrocinadores e a gente acha que deve ter um final feliz com todos eles, mas ainda não conseguimos renovar nenhum. A Caixa acertou conosco a base de um novo contrato, mas ainda não nos deu a resposta final. Com a troca de ministros, estão aguardando uma decisão. Eles ficaram de nos procurar até a semana passada. Ainda não falaram com a gente, continuamos esperando", disse Izael Sinem Junior, diretor de marketing do Corinthians.

"Os outros estamos conversando e também não chegamos a um "sim" definitivo. Temos de aguardar. A gente acredita que seja possível renovar até o fim do ano, mas é uma situação que não dá para ter certeza. É possível, sim, que a gente entre em 2015 sem alguns patrocinadores. Sem ter o contrato assinado, eu não posso dizer que isso não é possível. Estamos trabalhando", completou.

A situação financeira do Corinthians está bastante complicada. De acordo com o presidente Mario Gobbi, o próximo ano será muito delicado. O clube tem de pagar as dívidas da construção do estádio, deixando de contar com o dinheiro de bilheteria de todos os anos, por exemplo.

Fora o alvinegro, que hoje ainda é uma exceção por contar com quatro parceiros, outros times estão sofrendo por não estarem conseguindo ocupar os espaços de seus uniformes. O Santos está sem máster fixo desde janeiro do ano passado, enquanto o Palmeiras está desde julho de 2013. O São Paulo, que tenta emplacar um novo modelo de comercialização, com rodízio entre as marcas, está sem desde julho desta temporada.