Timão desembarcou no Aeroporto de Narita (JAP) sob

O dia 6 de dezembro é marcado por vitórias emocionantes. Tanto em 1990 quanto em 1998, o Timão sofreu, mas garantiu a vaga para a final do Brasileirão.

No ano de 1990, em noite épica no Pacaembu, o Corinthians derrotou o Bahia, de virada, por 2 a 1. Com 40 mil pagantes no estádio, o adversário saiu na frente com Wagner Basílio logo aos 2 minutos. Paulo Rodrigues (contra) aos 12 do primeiro tempo e Neto, de falta, aos 18 minutos da etapa complementar deram números finais à partida.

Em 1998, a segunda partida da semifinal do Campeonato Brasileiro entre Corinthians e Santos, no Pacaembu, foi muito tensa. Discussões, brigas, lances violentos, expulsões. Os jogadores estavam à flor da pele. Para o Timão, era um jogo que valia a sobrevivência na competição, após liderar a primeira fase e perder o jogo inicial da série melhor de três, na Vila Belmiro. Já para os santistas, era a grande chance de matar o confronto sem precisar do terceiro duelo.

Levou a melhor quem contava com a força da Fiel, que lutou o Pacaembu naquele fim de tarde do dia 06 de dezembro de 1998. Após muita catimba de ambos os lados nos minutos iniciais, o Corinthians teve um pênalti a favor no primeiro tempo. Nesse lance, houve confusão, tiveram discussão entre Marcelinho e Viola e a tentativa do zagueiro Argel de atrapalhar o meia na cobrança cavando um buraco com a chuteira na marca do cal. Não adiantou. O camisa 7 cobrou com muita categoria, quase fraquinho, no meio do gol de Zetti. Era o 16º gol dele na competição, tornando-se, na época o maior artilheiro corinthiano em edições do Brasileirão.

A tensão continuou. Narciso discutiu com Marcelinho. Logo depois, deu um carrinho nele que o custou o cartão vermelho. Após a expulsão, o volante santista tentou arrumar briga com os corinthianos, para levar alguém junto para os vestiários. Não conseguiu, e o Corinthians, com um a mais, dominou o jogo. No segundo tempo, o baixinho Edílson desafiou os limites da própria altura, venceu os zagueiros santistas pelo alto e fez 2 a 0. O Timão ainda teve chances para ampliar, mas a vitória bastava para forçar o terceiro jogo das semifinais, que aconteceria de novo no Pacaembu, no dia 09, e com vantagem corinthiana de empatar para se classificar à final.

Descanso

O dia 06 de dezembro foi de descanso para o Corinthians em 1999. Classificado para a final do Campeonato Brasileiro após eliminar o São Paulo em dois jogos na semifinal, o Timão teria uma semana de trabalho e iria ver de camarote Vitória e Atlético-MG decidirem quem seria o outro finalista, no dia 08. Um “espião” seria enviado a Salvador-BA, onde aconteceria a partida final da série, para analisar o próximo adversário.

Mesmo de folga, o Timão já pensava nos problemas que teria para a final. A equipe tinha o risco de não contar com a zaga titular para a decisão. João Carlos voltava de contusão e tinha sentido novamente a lesão. Nenê sofreu uma pancada no jogo contra o São Paulo e tinha suspeita de fratura. Os dois corriam risco até mesmo de ficar fora do restante do campeonato.

Terremoto e frio

Com os termômetros marcando 5ºC, o Corinthians desembarcou no aeroporto de Narita (JAP) recebido por cerca de 50 torcedores, que vibravam a cada atleta que aparecia. Uma fã, aliás, deu pulos de alegria ao tirar uma foto com Paulo André. “A gente sabe que o torcedor é um algo mais para o elenco. Aqui não será diferente”, disse Danilo em solo japonês.

De noite, um terremoto de 7.3 na escala Richter atingiu seu epicentro a 500 km de Tóquio. Mas de Nagoya, o elenco alvinegro nem sentiu e o zagueiro Paulo André tranquilizou a todos nas redes sociais: “Não senti nada”, declarou.