O Corinthians realizou na manhã de sexta-feira seu último treino na temporada. A atividade, que marcou a despedida de Mano Menezes do CT do Parque Ecológico, foi acompanhada pelo presidente Mário Gobbi, que conversou com o técnico no gramado e fez questão de estar presente em sua entrevista.

“O presidente fez o comunicado oficial de que iria assistir à entrevista. Eu comentei que isso causaria constrangimento, porque pretendia bater nele.

Mas, por respeito ao mandatário que está aqui, não vou”, brincou o gaúcho, que tem uma boa relação com o dirigente.
Em campo, Gobbi papeou com Mano enquanto os jogadores faziam o rachão derradeiro do ano.

A movimentação recreativa teve as habituais brincadeiras, com o desempenho de Elias criticado pelos companheiros e muita festa da equipe que ficou com o título da temporada, a de Paolo Guerrero.

“Você sabe que, no futebol, a gente já evoluiu bastante, mas três coisas ainda não conseguimos eliminar: salário atrasado, trairagem e rachão”, comentou o treinador, voltando a criticar a maneira de que o processo de definição do técnico de 2015 vem sendo levada. “Foi mal conduzido nos bastidores.”

Mano não se referia a Mário Gobbi, cujo mandato se encerrará em fevereiro. É o grupo que concorrerá como chapa da situação, encabeçada por Roberto de Andrade, que irritou o gaúcho. O ex-presidente Andrés Sanchez faz parte desse grupo e é muito próximo de Roberto, o favorito nas eleições.

Por isso, o técnico preferiu responder com uma brincadeira ao comentário de Andrés de que teria renovado seu contrato “há tempos”. “Era exatamente aí que eu pretendia bater no presidente Mário Gobbi, porque ficou claro que é o presidente que não quer renovar comigo”, comentou.

No que dependesse de Gobbi, a permanência de Mano seria, sim, renovado. No entanto, depois de ficar com o peso da troca de Tite por Mano – embora a decisão tenha sido coletiva –, o ainda presidente se recusou a definir sozinho o próximo técnico por estar com o mandato no fim. O certo é que Mano sairá.