Trinta e oito anos depois, a expressão “Invasão Corinthiana” ainda está em alta. Nesta sexta-feira (05), a primeira das grandes invasões, ao estádio do Maracanã, em 1976, completa mais um aniversário. Dentre os milhares de torcedores que foram até o Rio, estavam Renato Dzik e Antônio Galinskas, que contaram suas histórias para o Corinthians.com.br.
Renato, que tinha 21 anos na época, nos contou que foi de Kombi até o Rio com um grupo de amigos, mas não imaginava tamanha adesão da torcida alvinegra. “Eu e alguns amigos resolvemos ir de Kombi para o Rio, mas não tínhamos nem ingresso. Saímos de São Paulo de madrugada, sem saber que haveria todo esse deslocamento.
Chegamos às 10 da manhã e o que vimos foi uma coisa absolutamente impressionante: Um mar de corinthianos. Mal conseguia ver a praia devido ao gigantesco número de ônibus que estavam parados na orla. Os cariocas estavam sem entender nada. Foi algo mágico”, contou o torcedor.
O choque de ver o Rio de Janeiro tomado por torcedores do Timão foi ainda maior quando Renato entrou no estádio e viu a maioria alvinegra. “Chegando ao Maracanã, foi mais uma sensação incrível. O estádio com a maioria corinthiana, em pleno Rio de Janeiro, foi algo realmente inacreditável.
Cerca de 70% da torcida era do Corinthians”, lembrou.
Renato Dzik
Antônio Galinskas foi outro que resolveu ir acompanhar o Timão no duelo contra o Fluminense. “Eu estava em minha casa quando chegou um amigo, indagando se eu queria ir para o Rio de Janeiro para ver a semifinal do Campeonato Brasileiro.
De imediato falei que sim. Minha alegria foi inimaginável e, lá fomos nós somente com a roupa do corpo”, conta Antônio. Ao chegar no Rio, o corinthiano viu uma rodoviária lotada de torcedores alvinegros.
“Chegamos lá por volta da 7h da manhã e só tinham torcedores do Corinthians. Já fizemos amizade com outras pessoas e fomos direto para o Cristo Redentor.
Lá, alguns “loucos” conseguiram a façanha de estender uma bandeira do Timão nos pés do Cristo Redentor”. Antônio guarda com muito carinho as memórias daquele 5 de dezembro. “A sensação foi de pura realização e uma das maiores felicidades da minha vida”, concluiu.
Antônio Galinskas