5/12/2014 07:53
Valor pedido não agrada à diretoria, e Guerrero divide opiniões no Timão
Com processo de renovação de contrato "travado", atacante deixa de ser unanimidade nos bastidores do clube. Na próxima semana haverá nova reunião
A renovação de contrato de Paolo Guerrero vem se tornando um assunto cada vez mais complicado no Corinthians. O peruano tem vínculo com o Timão até julho de 2015, mas a diretoria alvinegra quer evitar a possibilidade de um pré-contrato com qualquer outro clube a partir de janeiro - e lei permite que o jogador entre em acordo com outra equipe a seis meses do término de seu vínculo.
A negociação, porém, está travada. O artilheiro pediu US$ 7 milhões (mais de R$ 18 milhões) para assinar novo contrato. Por isso, deixou de ser unanimidade nos bastidores. Alguns membros da cúpula alvinegra consideram que o valor é alto demais. Mesmo para quem é o melhor jogador do time.
Guerrero já deixou claro: acredita que o montante que pediu está de acordo com a realidade financeira do Corinthians. A diretoria já havia oferecido US$ 4 milhões (cerca de R$ 10 milhões) à vista para o atleta. Depois, aumentou para US$ 5 milhões (quase R$ 13 milhões), mas não houve acordo. A decisão foi marcar uma nova reunião somente após o fim do Campeonato Brasileiro - que acaba neste domingo, quando o Timão enfrenta o Criciúma, na arena.
Recentemente, Guerrero passou a ser representado pela empresa OTB Sports, um braço da Think Ball, administrada por Marcelo Goldfarb, Marcelo Robalinho e Bruno Paiva. O grupo administra os interesses do volante Bruno Henrique e do meia Jadson. A intenção do peruano é se manter blindado ao máximo. Não quer participar das conversas.
Algumas pessoas da diretoria do Corinthians entendem que o fato de Guerrero ser ídolo da torcida e artilheiro da equipe na temporada, com 16 gols marcados, não o torna "intocável". Para os dirigentes, o atacante deve ser valorizado, mas também precisa entender que o clube tem seus limites.
O principal argumento da cúpula é o fato de o Timão estar oferecendo um contrato de três anos a um atleta de 30 anos, algo que não é comum.
O ataque foi uma das principais carências do Corinthians durante toda a temporada. Após a venda de Romarinho para o El Jaish, do Catar, o clube ficou com Luciano e Ángel Romero como principais opções de parceiro para Guerrero, mas nenhum dos dois se firmou, e quem assumiu a vaga foi Malcom, de apenas 17 anos.
Outro garoto, Gustavo Tocantins, de 18, também foi promovido das categorias de base para preencher o espaço deixado no setor ofensivo.
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