Andres Sanchez, durante evento no Corinthians, nesta quinta-feira (Foto: Diego Ribeiro)


Se dependesse do ex-presidente Andrés Sanchez, o Corinthians não passaria o fim do ano discutindo nomes e tentando resolver a situação do técnico para a próxima temporada. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava, Andrés se apresentou como “embaixador” de uma campanha de doação de sangue, mas deu sua opinião sobre o fim do ano alvinegro. Para ele, a permanência de Mano Menezes seria o melhor caminho.
– Se eu fosse presidente, teria renovado há tempos. Não gosto de tirar treinador. Teria ficado com ele três meses atrás – disparou Andrés.

Seu sucessor, Mário Gobbi, optou por buscar o consenso com os candidatos à presidência que se enfrentam na eleição em fevereiro. Tite é o nome preferido, e o clube espera definir a situação até o fim da próxima semana. Em meados de outubro, Gobbi afirmou que não renovaria contrato com Mano Menezes. Andrés viveu situação crítica com Tite em 2011 e optou pela permanência – na época, o Timão foi eliminado pelo inexpressivo Deportes Tolima, da Colômbia, na primeira fase da Taça Libertadores.

A atual gestão acertou e errou. Mas a atual gestão ganhou quatro titulos, então foi boa
Andrés Sanchez

– O Mano não só fez um bom trabalho na primeira passagem, mas também foi bem em um ano difícil como esse. Para mim, o trabalho dele foi muito bom – completou Andrés Sanchez.

O ex-presidente, agora deputado federal eleito, evitou críticas diretas a Mário Gobbi, mas admitiu que o Corinthians perdeu força política na administração do atual presidente, que começou em 2011. Andrés credita os sucessivos julgamentos do clube e seus jogadores no STJD a essa perda de espaço nos bastidores.

– A atual gestão acertou e errou. Mas a atual gestão ganhou quatro títulos, então foi muito boa. Mas que tem erros, tem.
Entendo que tínhamos de estar um pouco mais presentes e ocupando mais espaço, politicamente falando, no futebol brasileiro.

Deixamos algumas coisas passarem despercebidas. Não tem cabimento ir 18, 19 vezes a julgamento no STJD – lembrou o ex-presidente.

Andrés foi o responsável pela primeira passagem de Mano pelo Corinthians, entre 2008 e 2010. Até hoje, ambos mantêm relação de amizade.