Paolo Guerrero teve de bater o pé e assinar com o Corinthians contra a vontade dos pais. Mesmo assim, só o fez porque pretendia partir logo após a disputa do Mundial de 2012. Dois anos e meio depois, o peruano tem seu nome na história do clube e se mostra disposto a estender sua permanência.

“Quando falei com os meus, eles ficaram frios. Não sabiam bem do que se tratava. Diziam: ‘Como vai voltar da Europa para jogar na América do Sul?’. Eu disse: ‘Não, o Corinthians acabou de ganhar a Copa Libertadores e vai jogar um Mundial’. Eles ficaram bravos, mas eu falei: ‘Eu quero, eu quero’”, contou ao Sportv.
José Guerrero e Petronila Gonzales participam bastante das decisões do filho, que geralmente os escuta. Não foi o que aconteceu quando o centroavante recebeu a proposta do clube do Parque São Jorge e, louco para deixar o Hamburgo, topou. Ficou mais do que esperava.

“Vim só com uma mala e não voltei mais. Eu queria ganhar o Mundial. Eu vinha só para esse campeonato mundial e queria voltar para a Europa, mas me encarinhei muito com o Corinthians”, disse Guerrero, perfeitamente compreensível apesar da palavra inexistente em língua portuguesa. “Hoje, estou aqui.”
A expectativa da diretoria é que ele continue. O atacante tem contrato até a metade da próxima temporada e está em difíceis negociações para a renovação. Ele completará 31 anos em janeiro, pede alto para seguir vestindo preto e branco e ainda em a Europa na cabeça.