Os jogadores do Corinthians e o técnico Mano Menezes deixaram o Maracanã chateados com a derrota por 5 a 2 para o Fluminense e revoltados com Wilton Pereira Sampaio. Cássio externou sua irritação com o juiz da Federação Goiana, que teve uma atuação ruim na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.

“Houve erros da arbitragem. Ele entrou pressionado por outros times, que falaram a semana inteira. A gente precisa tomar cuidado com o que fala, porque a punição acontece. Eles estão errando bastante, apitando mal, e não são punidos”, afirmou o goleiro.

A principal reclamação é referente a um momento no qual o placar apontava 3 a 1. Malcom tabelou com Elias e foi derrubado na área, e Sampaio não viu pênalti.

No contra-ataque, o juiz apontou a marca penal em infração cometida fora da área, e o jogo foi definido ali.

Foi o estopim para Mano Menezes, que reclamou bastante e foi expulso à distância. Ele já estava irritado com o comportamento do árbitro – que distribuiu três cartões a alvinegros por reclamação – e fez questão de que o homem do apito fosse até o banco tirá-lo de lá.

“Ao mesmo tempo em que você é maduro e tem rodagem, gosta de ser respeitado dentro do campo. Quando se sente desrespeitado de forma sequencial, você se revolta mais. Não podemos achar normal quando, durante 90 minutos, está sempre acontecendo o que não é normal. Então, a reação não foi normal”, explicou o treinador.

“Revendo as imagens, tivemos a mesma opinião que externamos durante o jogo: nenhuma das duas penalidades foi. O árbitro estava com vontade de marcar. Desde o início, ele estava com vontade de marcar algumas coisas. A arbitragem teve um lado, não errou em um lance isolado”, acrescentou.

Mano até deu um desconto a Wilton Pereira Sampaio pelo segundo pênalti anotado a favor do Fluminense, em uma infração cometida por Fábio Santos fora da área. E ironizou a marcação de um penal para o Corinthians quando o placar apontava 4 a 1 e, em suas palavras, “a vaca tinha ido para o brejo”.

Acusação de ameaças
Gil se mostrou ainda mais revoltado com a arbitragem do que a maior parte dos companheiros. De acordo com o zagueiro, que cometeu um pênalti em Darío Conca, o juiz, “ruim, tendencioso e mal-intencionado”, fez ameaças a ele e a seus companheiros durante a partida.

“Ele me ameaçou, falou que iria me expulsar”, afirmou. “Acho que ele é ruim e tendencioso. Não pode o Malcom ser derrubado na área e não acontecer nada. Do outro lado, ele dá os pênaltis. Tem que dar um troféu para ele pela m... que fez aqui hoje”, concluiu o beque.