O gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar, disse ter recebido sem surpresa a absolvição do Corinthians, acusado de ter escalado Petros de maneira irregular. Grêmio e Internacional entraram no processo como partes interessadas na retirada de quatro pontos do clube alvinegro, inocentado por 4 votos a 1 no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

“Não foi nem alívio. Nós vivemos o dia a dia do futebol, e a gente imaginava que seria como foi, 4 a 1 para nós. Na verdade, imaginava até que podia ser 5 a 0, uma goleada”, afirmou o dirigente. “Se perdêssemos, seria necessário rever os conceitos do futebol, fechar as portas. Seria o fim da picada.”

A questão gira em torno do contrato de Petros, que estava emprestado ao Corinthians e assinou novo acordo, datado de 2 de agosto. O registro foi feito no dia anterior, uma sexta-feira, e o atleta esteve em campo no domingo, contra o Coritiba. A Procuradoria do STJD entendeu que sua presença em campo foi irregular e o compromisso só teria valor a partir da segunda-feira.

Responsável pelo envio da documentação à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação Paulista de Futebol (FPF) assumiu a falha. E o departamento jurídico alvinegro argumentou que o jogador preenchia os pré-requisitos para estar em campo: contrato em vigor e nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.

O presidente Mário Gobbi ainda estabeleceu a lógica de que, se o novo contrato não era válido, o anterior valia. Ele demonstrou clara irritação com o comportamento de Grêmio e Internacional, que brigam com seu clube por vaga na próxima edição da Copa Libertadores.

A agremiação do Parque São Jorge foi absolvida em primeira instância, mas Grêmio, Inter e Procuradoria do STJD recorreram. No Pleno, 4 a 1 para o Corinthians. Agora, os advogados da dupla Gre-Nal cogitam a possibilidade de recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), uma corte internacional.