O Técnico Mano Menezes já encara a conquista de uma vaga na próxima Copa Libertadores da América como um título. Habituado a comparar o seu trabalho com o final da passagem de Tite pelo Corinthians, ele voltou a tocar no assunto quando comemorava a proximidade da classificação para o torneio continental.
"No ano passado, na reta final, o Corinthians também ficou sem o Paolo Guerrero. E ouvi dizer que a ausência dele foi o grande problema para não se conseguir a vaga na Libertadores. E Romarinho, Emerson Sheik e Pato estavam no clube. Agora, quando perdemos o Guerrero por cinco ou seis jogos, os jogadores que o substituíram foram Luciano, Malcom e Gustavo Tocantins. E estamos conseguindo a vaga", orgulhou-se.
Foi o próprio Tite quem se queixou do desfalque de Guerrero quando justificava a queda de rendimento do Corinthians em 2013. "Tivemos problemas. O Guerrero jogou poucas partidas e já havíamos nos acostumado a atuar com um pivô. O Paulinho, o nosso principal jogador, saiu. Sem falar que Renato Augusto e Fábio Santos estiveram machucados em uma série de jogos", havia se queixado o campeão estadual, nacional, continental e mundial pelo Corinthians.
Neste ano, o Corinthians não contou com Sheik e Alexandre Pato como substitutos de Guerrero também por vontade de Mano Menezes - Romarinho foi vendido por quantia significativa para o clube. O técnico se propôs a promover uma reformulação no elenco vitorioso de Tite, apesar de lamentar a falta de reforços. Queria contar com Nilmar, que já saiu de forma conturbada do clube uma vez e parou no Internacional.
"Quando não tivemos a possibilidade do Nilmar, discutimos um plano B, que era encontrar atacantes na Série B. Eu disse para o presidente que não via ali jogadores com perspectiva de futuro para o Corinthians e que, se fosse assim, gostaria de apostar nos jovens formados aqui. Falei abertamente que isso poderia colocar a vaga na Libertadores em risco. Às vezes, a verdade não tem muita graça", disse Mano.
A verdade atual do Corinthians é a iminência da confirmação matemática da vaga na Libertadores, o que tem deixado o treinador cheio de graça. A ponto de comparar a campanha atual no Campeonato Brasileiro até com a do time de Tite campeão nacional de 2011, e não só com aquele de 2013.
"Merecemos críticas durante o ano, mas não na proporção do que vi. Porque não é possível que uma equipe com 66 pontos não mereça um par de elogios. Hoje, estamos com a melhor campanha do segundo turno. E jogando um campeonato de alto nível. Podemos chegar a uma pontuação superior do que aquela do ano em que o Corinthians foi campeão", declarou Mano, que alcançará 72 pontos com vitórias nas duas últimas rodadas. A equipe de 2011 somou 71.
As comparações sugeridas por Mano Menezes tendem a aumentar entre dirigentes e torcedores, já que Tite é um dos maiores cotados a substituí-lo no Corinthians. O presidente Mário Gobbi pretende deixar a escolha do técnico de 2015 para o seu sucessor, que só será eleito em fevereiro.
Enquanto aguarda o momento ideal para discutir uma renovação contratual, Mano rejeita a possibilidade de negociar com outros clubes para se focar no restante do Campeonato Brasileiro e valoriza o seu trabalho. Muito com a ajuda de Paolo Guerrero, que retornou de dois amistosos do Peru e marcou o gol da vitória do Corinthians sobre o Grêmio no domingo.
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