22/11/2014 08:19

Ralf volta em reta final, sente falta de título, mas diz: "Temos o jogo do ano"

Recuperado de lesão, volante engata sequência e espera vaga contra o Grêmio. Queda na Copa do Brasil ainda incomoda: "Comigo teria sido diferente"

Ralf volta em reta final, sente falta de título, mas diz:
Ralf e a imagem de Nossa Senhora de Aparecida: proteção em hora difícil (Foto: Diego Ribeiro)


O capitão do Corinthians sabe que, sozinho, não tem condições de levar o time a voos mais altos na temporada. No entanto, acredita que sua equipe poderia estar brigando em duas frentes se ele estivesse em campo na dura derrota por 4 a 1 para o Atlético-MG, em outubro, que eliminou o Timão da Copa do Brasil. Animado depois de se recuperar de uma lesão no joelho, o volante Ralf sentiu a falta de um título em 2014. No entanto, vê o jogo contra o Grêmio, neste domingo, na Arena, como um "prêmio de consolação".

Uma possível vitória contra o clube gaúcho praticamente coloca o Corinthians na Taça Libertadores do ano que vem. O Corinthians dependeria de apenas um empate contra Fluminense ou Criciúma, nas últimas duas rodadas.

- Foi um ano difícil, porque nos acostumamos a conquistar títulos e esse ano não veio nenhum. Faz muita falta. Ficamos acostumados a isso. Creio que agora teremos o jogo do ano, pois vale seis pontos e vai definir o que cada um vai querer no fim da competição - afirmou Ralf.

A Libertadores poderia chegar por outro meio, mas a goleada impiedosa do Atlético-MG interrompeu o sonho corintiano. Ralf assistiu a tudo pela televisão. Triste por não poder ajudar, ele sente que poderia ter mudado a história do jogo. Com os 2 a 0 de vantagem do jogo de ida mais o gol de Guerrero no início da partida do Mineirão, o volante teria ajudado a segurar o rival.

Acredito que comigo teria sido diferente, até pelo meu poder de marcação. Mas vi que não faltou vontade de quem esteve lá. A equipe não fez um grande jogo. Era difícil arrancar essa vaga da gente, mas o Atlético foi muito bem e conseguiu virar. Agora temos de assistir à final pela televisão e focar na reta final do Brasileiro - destacou o volante.

A lesão na cartilagem no joelho direito foi a mais grave desde que chegou ao Corinthians, em 2010. Chamado de “Pitbull” por causa da boa forma física, Ralf se viu em situação inédita na carreira.

- Foram 11 jogos que pareceram cinco, seis meses. Achava que era uma lesão mais simples e acabou ficando séria. Foi uma eternidade. Pelo meu porte físico, a expectativa era de que eu demorasse dois, três jogos para voltar. Mas hoje estou 100%, bem recuperado, e contei com a ajuda da minha família e de quem me protege - comemorou Ralf.

Por protetora, entenda a imagem de Nossa Senhora de Aparecida, tatuada com destaque no braço direito do católico volante. Na reta final do Brasileirão, o “Pitbull” quer a vaga na Libertadores para pavimentar um caminho de volta aos títulos em 2015.


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