Luciano e Malcom serão as únicas duas opções de ataque do Corinthians contra o Bahia, no próximo domingo, em Salvador. Uma situação complicada para Mano Menezes, que vai além das convocações de Romero e Guerrero para as seleções paraguaia e peruana, respectivamente.
Está relacionada diretamente às ausências de três recentes jogadores da posição que estavam no clube há pouco tempo mas, sob critérios distintos, acabaram liberados pelos dirigentes.
A começar por Romarinho, que acertou a transferência para o El Jaish, no Qatar, após o clube receber uma proposta de 7,5 milhões de euros (quase R$ 22 milhões) no último mês de setembro. O xodó da Fiel, que foi titular em boa parte da temporada, sendo uma das principais opções ofensivas do treinador, foi embora e ninguém foi trazido – Tocantins, da base, foi promovido.
– Não contávamos com a venda do Romarinho, que apareceu aí no apagar das luzes. Pouca gente sabe que o Romarinho não foi vendido no ano passado porque não deixei vender. Tentamos muitos atacantes. Sóbis, Nilmar e outros – disse o presidente Mário Gobbi Filho, em setembro, após vender Romarinho para o El Jaish, do Qatar.
Outro que poderia estar à disposição é Alexandre Pato, que tem contrato com o Corinthians até dia 31 de dezembro de 2016. A pressão da torcida após o pênalti mal batido contra o Grêmio e a liberação do treinador sem qualquer contestação, fizeram com que o ex-Milan fosse emprestado ao São Paulo, por dois anos – Jadson, atual reserva do Timão, veio na troca.
– Também investiria em um jogador jovem e conhecido como o Pato. Não julgo não a diretoria por ter feito esse investimento – ponderou o lateral-esquerdo Fábio Santos, que está no Corinthians desde 2011.
Sheik é a terceira opção que poderia estar no elenco alvinegro. Ele foi liberado pela diretoria corintiana de graça para o Botafogo – negociação teve anuência e influência de Mano Menezes, que o via como obstáculo ao ambiente no CT Joaquim Grava.
Neste momento, enquanto faltam opções ofensivas ao Corinthians, Sheik curte férias no Rio de Janeiro, com direito a dancinhas em rede social.
E o planejamento?
– Podemos não ter prejuízo [com venda de jogadores], mas cabe a mim, como homem que sou, o cabeça [do departamento de futebol] que planeja, mostrar isso aos meus dirigentes.
Podemos não tomar cartão, não ter atleta machucado, mas isso é uma possibilidade menor. Isso que tento antever e passar para os dirigentes – comentou o técnico Mano Menezes, no fim de agosto, alertando para a escassez do elenco.