Um velho conhecido pode ser reforço do Corinthians em 2015, ainda mais se o clube conseguir a classificação para a Taça Libertadores. Com contrato válido até julho do ano que vem, Emerson Sheik deve se reapresentar ao clube em janeiro, a não ser que tenha futuro definido em outro clube até lá. A diretoria aguarda reunião com os candidatos à presidência para discutir também essa questão – a definição do técnico é prioridade. Mas, se depender do elenco, Sheik tem espaço para retornar.

Aos 36 anos, o atacante deixou o Botafogo e mantém a forma em uma academia no Rio de Janeiro. Hoje, apenas Paolo Guerrero é tratado como “jogador pronto” no ataque corintiano. Se a saída de Mano Menezes for confirmada no fim da temporada, as chances de Sheik só aumentam. O atacante declarou anteriormente que não trabalharia mais com o técnico.

No elenco, a volta de Emerson é vista com otimismo. Sheik conhece bem o clube e tem história, além de conhecer a maioria dos jogadores do atual elenco. O retorno do atacante tiraria um pouco de peso das costas de garotos como Malcom, Luciano e Romero, que precisam assumir grandes responsabilidades quando Guerrero não está em campo.

Os jogadores mais experientes do grupo se mostram favoráveis à volta do atacante. Isso inclui o meia Renato Augusto, um dos mais próximos de Sheik no Corinthians.

– Ele tem contrato com o clube, eu me dou muito bem com ele e não há problema algum. Acho que ninguém tem. Se a volta dele se confirmar, as portas estão abertas. É um cara importante – disse Renato Augusto.

Sheik foi emprestado ao Botafogo, em abril, porque não vinha rendendo com a camisa alvinegra e tinha seus atritos com Mano Menezes. O Corinthians pagou o salário integral do jogador enquanto ele atuou pelo clube carioca – o Botafogo repassaria metade do valor diretamente à equipe paulista.

No Campeonato Brasileiro, o atacante reeditou as boas atuações de anos passados e fez seis gols. Mesmo dispensado, ele ainda é o artilheiro do time, empatado com Zeballos.

A diretoria do Corinthians vai esperar o fim do Brasileirão para resolver o caso. Não quer que qualquer fato extracampo tire o foco da busca pela vaga na Taça Libertadores. Mesmo assim, a cúpula alvinegra sabe que tem importante carta na manga se o clube chegar à competição internacional – há pouco mais de dois anos, Sheik foi o herói da primeira conquista alvinegra na América.