11/11/2014 07:52
Corinthians vai recorrer de condenação no caso do torcedor que tomou tiro da PM
No jogo entre Corinthians e River Plate pela Libertadores de 2006, o torcedor João Mendonça Cortez foi atingido no olho por uma bala de borracha, disparada por um Policial Militar envolvido na confusão generalizada com integrantes de torcidas organizadas. Cortez foi à Justiça e, oito anos depois, conseguiu uma decisão favorável.
Cortez processou Corinthians, o Estado de São Paulo (responsável pela PM), a Prefeitura (dona do estádio) e a Conmebol, organizadora da partida. O juiz Marcelo Sérgio, da 2ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, condenou o clube a pagar uma indenização de R$ 300 mil ao torcedor; o Estado, outros R$ 40 mil. Prefeitura e Conmebol foram absolvidas.
Para condenar o Corinthians, o juiz argumenta na sentença que o clube é responsável pelo comportamento de seus torcedores. Uma entrevista do ex-presidente Andrés Sanchez a um programa da ESPN Brasil foi usado como base - o cartola diz que o clube financia ingressos e viagens para as torcidas organizadas.
O Corinthians vai recorrer. O clube vai alegar que foi a PM quem disparou contra o torcedor, e que portanto o Estado deve ser responsabilizado, não o Corinthians. E que Andrés não era o presidente em 2006, portanto não poderia ser usado como fonte de informações neste caso.
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