O técnico Mano Menezes está satisfeito com o time e a posição na tabela de classificação. A vitória por 1 a 0 no clássico com o Santos, na noite deste domingo, levou o Corinthians à quinta colocação, com 57 pontos.
Duas das equipes que estão à frente, Atlético-MG e Cruzeiro, fazem a final da Copa do Brasil, e, portanto, abrem mais uma vaga no Brasileirão para a Libertadores.
Desta forma, hoje, o Timão estaria classificado à competição sul-americana.
- Em que colocação o Corinthians está agora? Está dentro da Libertadores com qualquer resultado (na Copa do Brasil). Se souber fazer a conta direitinho vai ver que estará.
Se um dos quatro primeiros ganha a Copa do Brasil abre uma vaga. Hoje, estaríamos na Libertadores. Mas ainda faltam rodadas importantes e temos de manter o rendimento - declarou o técnico.
Após a quarta vitória em clássicos neste Brasileiro, Mano destacou a evolução que a equipe teve ao longo da temporada. Ele não vê ninguém melhor que o Corinthians neste momento.
- É bastante clara a evolução que a equipe teve na temporada. Tivemos dificuldade nos clássicos no Paulista, propusemos alteração no grupo, e aí veio o Campeonato Brasileiro e jogamos seis clássicos e vencemos quatro.
Sei que as pessoas querem mais, eu também quero, sou exigente com o meu trabalho, mas se nos apoiarmos em coisas claras podemos ver como a equipe melhorou. Podemos comparar com equipes que estão na frente no Brasileiro e não temos nenhuma melhor que o Corinthians.
O Timão tem agora uma semana inteira de descanso pela frente. A equipe só volta a campo no próximo domingo, para enfrentar o Bahia, vice-lanterna do Brasileirão. A partida está marcada para às 17h (de Brasília), na Fonte Nova.
Mano Menezes orienta Malcom durante o clássico com o Santos, na Arena
Confira a íntegra da coletiva de Mano Menezes:
DETALHE?
Não acho que foi no detalhe. Eles tiveram uma chance de gol e nós tivemos umas oito. Embora o Santos tenha tido mais posse de bola, porque trabalha dessa forma.
E a gente precisa ter paciência para marcar uma equipe como essa. Que busca na movimentação definir o lance. Em termos de oportunidade me parece que fomos amplamente superiores e merecia vencer o clássico por um placar mais elástico.
Não foi detalhe. Foi competência de quem jogou mais, buscou objetivamente o gol. Não é só posse. Várias vezes tivemos posse e não fizemos gol. Mas hoje tivemos. Quem comprou o Aranha no Cartola está feliz.
CLÁSSICOS
Sobre os clássicos, eu penso que a nossa trajetória nos clássicos deixa bastante clara a evolução que a equipe teve na temporada. Porque as pessoas cobram muito sobre isso.
Temos de comparar o Corinthians com o Corinthians, uma equipe que teve dificuldades nos clássicos do Paulista, propôs uma alteração grande no grupo e no time, e veio para um Brasileiro, onde jogou seis clássicos e venceu quatro. Sei que as pessoas querem mais, eu sou exigente com o trabalho, mas vamos entender que é um processo de construção.
Se apoiarmos em coisas objetivas como essa, a gente tem claro o que fizemos e o quanto melhorou. Podemos comparar com quem está na frente. Não tem nenhuma equipe melhor na frente do Corinthians. Isso também é bastante claro. A equipe está evoluindo.
G-5
Em que colocação o Corinthians está agora? Está dentro da Libertadores com qualquer resultado (na Copa do Brasil). Se souber fazer a conta direitinho vai ver que estará.
Se um dos quatro primeiros ganha a Copa do Brasil abre uma vaga. Hoje, estaríamos na Libertadores. Mas ainda faltam rodadas importantes e temos de manter o rendimento Não podemos deixar só para jogos em casa.
São cinco partidas importantes e precisamos pontuar em todas elas. Tem de ter muita maturidade e competência para jogar bem.
GUERRERO
Nós temos tido um comportamento exemplar dos jogadores. Estamos em final da temporada, já foi ventilada muita coisa. E agora eu estava assistindo à comemoração dos jogadores no vestiário e vi um ambiente que me deixa orgulhoso como comandante.
Só assim se pode chegar a algum lugar. Às vezes não é possível ser campeão, mas pode ser vencedor na temporada.
Aliado a esse comportamento fora do campo, tivemos um comportamento exemplar dentro do campo. O Guerrero vive o melhor momento dele em termos técnicos, está com a confiança grande, ele mudou, porque mudamos o posicionamento e a característica do jogo.
Ele não joga mais de costas para o gol. Isso deu a ele um universo maior de jogadas. Ele respondeu muito bem a isso. A maneira como se dedica e luta é contagiante para os outros jogadores.
E hoje tivemos a volta do Ralf, depois de muito tempo. E foi possível ver o que significa isso, é liderança, referência. E Fábio Santos também que esteve fora. Você soma jogadores importantes, com história importante, que é muito bom contar com eles.
RALF
Eu também gosto do jogo bem jogado, de pé em pé, da bola que sai rodando com açúcar para o último homem definir. Mas eu preciso respeitar a característica dos atletas e fazer escolhas. E você ter um jogador como ele, que é titular absoluto desde 2010, com ele fazendo essa função o Corinthians ganhou tudo.
E é óbvio que a presença dele, o conhecimento dele, tem acréscimos importantes para a equipe como um todo. E o Ralf é exemplar em todos os aspectos.
RENOVAR COM GUERRERO
É importante quando se estabelece valores, um teto. Você precisa entender que essa é a regra. Mas sempre para a regra tem a exceção. E você precisa pesar isso como política de departamento de futebol.
Todos os clubes têm jogadores de referência, que é construída por eles com a equipe. E o departamento precisa analisar isso com sensibilidade. Sei que o Corinthians vai fazer.
DESEMPENHO BRIGANDO PELO G-4
Nós temos de tudo nas equipes que estão brigando pelo G-4. Temos equipes que têm dificuldade contra os concorrentes na primeira turma. Temos outros que têm dificuldades com os menores, como é o nosso caso. Mas também estamos aí disputando. Temos futebol que joga mais ofensivo. Temos equipe que jogam com dois volantes e dois meias. O que comprova que o futebol é rico nos detalhes.
FUTURO
Aprendi a não me frustrar com o futebol, ele me ensinou. O que eu quero fazer é o melhor enquanto o treinador. Seja na Seleção, no Corinthians ou em outro lugar que eu esteja. Mas às vezes não é possível continuar. O cargo é de confiança absoluta. Você deve escolher para ser o técnico alguém que você confia muito. E hoje envolve muita coisa.
ARENA CORINTHIANS
Não é fácil, é tudo novo, é novo para o torcedor. Demora até que ele se sinta em casa e os jogadores também. Mas hoje o torcedor mostrou uma participação intensa.
O comportamento da equipe também contagiou. Era isso que a gente queria. O Corinthians tem quase uma identidade e ela precisa ser reconstruída a cada temporada. Mas não pode fugir muito disso. É isso o que o torcedor quer ver.
Penso que uma sequência de jogadores no clube, a chegada de mais alguns, você pode repetir isso e a casa ficar mais forte.