O Corinthians tem 41 gols no Campeonato Brasileiro. Paolo Guerrero tem 10. A equipe está firme em busca de uma vaga na Libertadores do ano que vem graças ao peruano. Sem novidades, foi o atacante quem marcou na vitória por 1 a 0 sobre o Santos. Ele e Renato Augusto infernizaram a defesa adversária, e o placar só não foi mais largo por conta do excelente segundo tempo do goleiro Aranha. Foi o terceiro clássico na Arena Corinthians, o terceiro com gol de Guerrero - ele já havia marcado contra São Paulo e Palmeiras.
A cinco rodadas do fim, o Timão é o quinto, tem os mesmos 57 pontos de Grêmio e Atlético-MG, mas uma vitória a menos. O Peixe se mantém em oitavo, longe de qualquer disputa e já sem risco algum de sofrer com a ameaça do rebaixamento.
O jogo
O Santos tentou imprimir a filosofia de sair jogando, sem chutões. Bonito no papel, mas feio na prática quando Bruno Uvini recebeu bola marcado, perdeu, foi driblado e viu Renato Augusto encontrar Guerrero livre para fazer 1 a 0.
Na tentativa do empate, os visitantes tocaram pra lá, pra cá, mas penetrar a área corintiana foi um parto. O time de Mano Menezes foi mais prático. Se o primeiro tempo foi pobre de emoção, o segundo foi protagonizado por insistente duelo entre a talentosa dupla do Timão contra Aranha.
Com um curativo mais largo na testa, fruto de choque com Victor Ferraz, e futuro alvo de beijinhos da namorada Barbara Evans, que compareceu à Arena Corinthians, o peruano se destacou ainda mais. Não foi apenas um centroavante. Ganhou todas no corpo, abriu espaços, e teve duas chances muito semelhantes. Em ambas, Renato Augusto chutou, Aranha defendeu e o rebote caiu nos seus pés. Na primeira, o zagueiro impediu a finalização. Na segunda, o goleiro operou milagre.
Enderson Moreira trocou Serginho por Leandro Damião no intervalo. O Santos foi ainda pior. No início, até conseguiu frequentar a área com mais assiduidade, mas depois viveu de uma chance isolada, que Gabriel desperdiçou. Os erros no lado esquerdo de sua defesa chamaram atenção, e não foram corrigidos.
A equipe pediu pênalti quando Bruno Uvini chutou e a bola explodiu no cotovelo de Guerrero, que recolheu o braço para próximo do corpo. O árbitro Vinícius Furlan deixou o jogo seguir.
No próximo domingo, o Timão visitará o Bahia, ameaçadíssimo pelo rebaixamento, enquanto o Santos receberá o líder Cruzeiro na Vila Belmiro.