8/11/2014 10:29
Em busca do G-4, Corinthians mira Libertadores de olho nas finanças
Embora negue atrasos nos salários, Raul Correia da Silva admite que o Timão deve fechar o ano pior que 2013 e conta com receitas da disputa continental
Raul Correia da Silva, Diretor de Finanças do Corinthians (Foto: Reprodução SporTV)
Sétimo colocado na tabela do Campeonato Brasileiro, o Corinthians está com a calculadora nas mãos para buscar a vaga na Libertadores e, segundo a própria matemática, teria que vencer quatro, dos seis jogos que restam, para garantir um lugar na disputa continental. O diretor financeiro do clube, Raul Correia da Silva, tem razões a mais para torcer pela classificação e trata a presença na Libertadores como essencial para os cofres do clube
- Ano passados ficamos em décimo lugar no campeonato, ficamos fora da Libertadores, tudo isso dá reflexo no seu caixa. Não tem milagre, aí você tem receita. A gente investe para ter sempre um time que esteja disputando o campeonato, então, o Corinthians tem time para estar entre os quatro primeiros em qualquer competição que participa - disse.
Embora o ano ainda não tenha fechado, o diretor não demonstra expectativa de crescimento. Ano passado, a receita foi R$ 316 milhões, 12% menor do que em 2012 (R$ 358 milhões). Este ano, segundo Raul Correia da Silva, a situação é muito diferente e o clube está no vermelho, situação que não atribui apenas à ausência na Libertadores, no primeiro semestre. Apesar de confirmar o déficit, ele garante que os jogadores estão com salários em dia, inclusive os pagamentos referentes a direitos de imagem.
- Até o presente momento estamos em uma posição de déficit, que aí está ligado não só a falta de entrada de recursos, mas quando você pega a conjuntura como um todo. E o recurso sumiu do mercado. Quem tinha recursos para investir, procurou investir para efeito de Copa do Mundo, em televisão, e com isso os clubes sofreram (...) Mas nunca se atrasou um dia de salário. Vi que o Corinthians deve três meses, isso não existe - afirmou.
Raul Correia da Silva também explicou a situação envolvendo a Arena Corinthians. Apesar do sucesso do novo estádio, que tem boa média de público, a renda gerada ainda não entra nos cofres do Timão. Os valores vão direto para pagar uma dívida de R$ 750 milhões, que será paga em 12 anos a partir de 2015.
- Quando você pega recurso de televisão, de royalties, tudo que envolve a marca, é para efeito de bancar o futebol, e tamnbém o clube. Tudo o que se refere à Arena é totalmente a parte. Toda receita gerada pela Arena vai para o fundo para fazer frente ao endividamento que temos - explicou.
Assim, a presença na Libertadores - e os valores que ela pode render em bilheteria - é parte fundamental no planejamento do clube. Neste domingo, o Corinthians recebe o Santos, às 19h30, em busca de uma das vitórias que serão fundamentais para que esteja no G-4 quando o Brasileiro chegar ao fim. O objetivo é crescer, aumentar as receitas e justificar, também em campo, porque o clube tem a marca mais valiosa entre os clubes do Brasil, avaliada em 1,23 bilhão.
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