Danilo já não é o jogador que teve participação enorme nas conquistas do Corinthians entre 2011 e 2013, do Paulista ao Mundial, mas ainda é capaz de ser decisivo, como mostrou no empate com o Palmeiras do último sábado. Aos 35 anos, ele não demonstra ansiedade pela aposentadoria.

A bem da verdade, ansiedade não é uma característica do meio-campista em nenhuma circunstância. Ele tem contrato assinado com a agremiação do Parque São Jorge até dezembro de 2015 e alimenta a esperança de erguer novos troféus vestindo preto e branco.

“No dia em que para de sonhar, você tem que parar de jogar futebol. Ainda sonho, sim. O que fica no futebol é quando você ganha. Caso contrário, é mais um jogador que passou pelo clube. Tem que ter gana de vencer, porque é isso que fica marcado”, afirmou.

Com a motivação em dia, a questão é o corpo. Danilo não era um jogador ágil nem aos 20 anos, e a lentidão é cada vez mais nítida. Por outro lado, justamente por nunca ter dependido da velocidade, ele sabe ser efetivo sem ela. Ajuda o histórico sem lesões mais graves.

“Tem que ver o momento, esperar. Graças a Deus, sou um jogador que se machuca mesmo. Quando eu perceber que não dá mais, vou ver que chegou o momento de parar. A princípio, vou seguir trabalhando, porque quero jogar mais ainda, tenho um ano de contrato. Vamos esperar para ver como vai ser.”

Com a possibilidade, por exemplo, de encerrar sua carreira onde a começou, no Goiás, Danilo prefere não se comprometer em pendurar as chuteiras no clube que defende desde 2010. Ele só sabe que, diferentemente de companheiros como Alessandro, não será dirigente. “Prefiro ficar sossegado e fazer outras coisas.”