O presidente Mário Gobbi afirmou que o Corinthians deverá permanecer com um técnico interino durante o mês de janeiro de 2015. Como o contrato de Mano Menezes acaba em dezembro, e a eleição presidencial do clube está marcada para o início de fevereiro, o atual mandatário se absteve de qualquer decisão e admitiu que a preparação para o Campeonato Paulista deverá ser feita sob um estado de exceção.

- Por 30 dias, a equipe técnica vai comandar. Isso não quer dizer que vamos parar. Eles têm um planejamento e sabem o que precisamos, os nomes, etc. Agora, quem vai decidir o Corinthians a partir de 1° de fevereiro é o novo presidente. Por 30 dias, vamos tocar de uma forma até ele chegar e, com certeza, quando ele chegar, terá o técnico dele – avaliou Gobbi, após o empate por 1 a 1 com o Palmeiras, no estádio do Pacaembu.

Assim como tem feito nos últimos meses, o presidente voltou a destacar a mudança de uma reforma no estatuto do Corinthians, para evitar que haja um mês de intervalo entre o fim do ano e a posse de um novo presidente. O candidato da situação, apoiado por Mário Gobbi, será Roberto de Andrade, que foi diretor de futebol na gestão do atual mandatário.

Nos bastidores, pessoas influentes do clube levantavam a possibilidade de haver um acordo entre os candidatos à presidência para definir um planejamento comum, independentemente de quem vencesse, para definir o novo treinador. A permanência de Mano Menezes é tratada como improvável, principalmente após a eliminação da Copa do Brasil, no último dia 15. A vaga no G-4 do Brasileiro é tratada como obrigação.

- Eu não acho justo contratar um treinador e depois vem outro presidente, e aí não era o que ele queria. Se o Roberto (de Andrade) quiser o treinador Y, e se nós não ganhamos? O buraco é mais embaixo.

Não é tão simples. Se fosse candidato único, seria uma solução, mas temos outros nomes. Não adianta fazer dessa forma. Deveria ter sido uma reforma estatutária, que eu propus no meu primeiro ano de mandato. Quem vier como presidente, que assuma seu treinador, a equipe, e o grupo. Assim o Corinthians segue - completou Gobbi.

Se a possibilidade levantada pelo presidente se concretizar, de fato, os auxiliares Sylvinho e Fábio Carille devem assumir o comando da equipe após o retorno das férias. Ambos já haviam trabalhado com Tite na gestão anterior.