Gobbi deixará o cargo em fevereiro do próximo ano (Foto: Ale Cabral/LANCE!Press)

O presidente do Corinthians, Mário Gobbi Filho, admitiu que o técnico Mano Menezes, cujo contrato acaba em 31 de dezembro deste ano, não deve seguir no clube em 2015. E mais: o Timão deve iniciar a próxima temporada sem um treinador, uma vez que haverá eleições presidenciais em fevereiro e Gobbi não vai participar da escolha do novo comandante.

- Por 30 dias, a equipe técnica vai comandar. Isso não quer dizer que vamos parar. Eles têm um planejamento e se sabe o que precisamos, os nomes... Agora, quem vai decidir o Corinthians a partir de 1° de fevereiro é o novo presidente.

Por 30 dias, vamos tocar de uma forma até ele chegar e, com certeza, quando ele chegar, terá o técnico dele - disse o mandatário do Timão, após o empate por 1 a 1 entre Corinthians e Palmeiras, neste sábado, no Pacaembu.

Antigamente, o discurso era de que haveria uma reunião entre o atual presidente e os candidatos, para que houvesse um nome de consenso. Agora, porém, a nova escolha deve ocorrer apenas em fevereiro.

Da comissão técnica atual, apenas Sidnel Lobo acompanha Mano. O ex-lateral Syvinho e Fábio Carille devem ser os responsáveis pelo início da preparação alvinegra no ano que vem.

O próprio Mano já admitiu que não deve continuar, pois sabe que não é o nome da preferência do candidato da situação, Roberto de Andrade. Como mostrou o LANCE!Net em 16 de setembro, Andrade já chegou a conversar para a volta de Tite em 2015. Além disso, ele gosta do nome de Oswaldo de Oliveira, que está desempregado após sair do Santos.

Paulo Garcia, provável candidato da oposição em chapa com o ex-diretor Antonio Roque Citadini, também não tem a preferência por Mano para o comando técnico em 2015.

Gobbi lembrou que já pediu por uma reforma do estatuto, a fim de tentar antecipar as eleições para dezembro. Neste caso, ele entende, o planejamento do novo presidente começaria no tempo devido.

- Eu não acho justo contratar um treinador e depois vem outro presidente, aí não era o que ele queria. Se o Roberto (de Andrade) quiser o treinador Y, e se nós (situação) não ganhamos? O buraco é mais embaixo. Não é tão simples. Se fosse candidato único, seria uma solução, mas temos outros nomes.

Não adianta fazer dessa forma. Deveria ter havido uma reforma estatutária, que eu propus no meu primeiro ano de mandato. Quem vier como presidente, que assuma seu treinador, a equipe, o grupo... Assim o Corinthians segue - afirmou.