18/10/2014 10:37
Diálogo e pressão: Timão começa a pensar sobre técnico para 2015
Clube deve buscar consenso entre candidatos à presidência para evitar impasse entre fim de contrato de Mano e dia da eleição
Mano Menezes está pressionado e pode deixar clube ao fim do contrato (Foto: Getty Images)
A pressão pela saída de Mano Menezes e a eleição presidencial marcada somente para fevereiro do ano que vem fazem com que o Corinthians já pense em soluções para definir quem será o técnico da equipe em 2015. O presidente Mário Gobbi assegura que Mano não será demitido até dezembro, quando acaba seu contrato, mas ouve pedidos de mudança de todos os lados.
Diante de um impasse político, os prováveis candidatos ao cargo de mandatário já pensam em entrar em um consenso antes do fim deste ano.
Por haver um mês de intervalo entre a escolha do novo presidente e o fim do vínculo do atual técnico com o clube, representantes das chapas devem se reunir ao final do Campeonato Brasileiro para definir que decisão tomar e evitar que a equipe fique com um treinador interino em janeiro, quando estará se preparando para o Campeonato Paulista e possivelmente para a Taça Libertadores da América, caso termine o Brasileirão no G-4.
Os principais nomes levantados nos bastidores são os de Oswaldo de Oliveira e Tite, ambos sem clube atualmente e com passagens vitoriosas pelo Timão. A permanência de Mano parece cada vez mais improvável. Havia confiança na possibilidade de título na Copa do Brasil, mas a eliminação, com goleada por 4 a 1 para o Atlético-MG, na última quarta, irritou ainda mais conselheiros e pessoas ligadas à vida política do Timão.
O argumento de Mário Gobbi para manter Mano no cargo é evitar que o Corinthians volte à “época do faz-me rir” e caia na rotina de demissão do técnico como correção para os problemas da equipe - o termo remete aos anos 60, quando o Timão vivia jejum de títulos. Tite, mantido após a eliminação para o Tolima, na Libertadores de 2011, e campeão mundial no fim de 2012, é constantemente citado como exemplo para mostrar que o atual técnico ainda não teve tempo suficiente para consolidar o trabalho e formar uma equipe competitiva.
Internamente, acredita-se que Mano não tenha cativado completamente o elenco. Mudanças inesperadas na equipe intrigaram alguns jogadores. Questionado se o grupo estava “rachado”, o técnico riu e assegurou que, nos momentos bons e ruins, sempre há divergências dentro de um elenco. Porém, nos tropeços, tudo fica mais exposto.
- A derrota não forma família. Você só ouve essa história na hora da vitória. Não teve família esse ano, né? E os plantéis são sempre muito parecidos. Nem todo mundo comunga da mesma ideia, nem na hora da vitória. Mas na derrota se expõe mais essas ideias - afirmou.
Até aqui, os prováveis nomes para disputar a presidência do Corinthians em 2015 são Roberto de Andrade (ex-diretor de futebol da gestão de Mário Gobbi), Ilmar Schiavenato, Paulo Garcia e Wilson Bento Junior.
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