Mano Menezes respondeu de má vontade à primeira pergunta sobre seu futuro na entrevista concedida na tarde de sexta-feira, o que não evitou novos questionamentos. A questão é complicada porque o contrato do técnico expira em dezembro, e o Corinthians terá eleições presidenciais em fevereiro.

O atual presidente, Mário Gobbi, que tentou antecipar as eleições para 1º de dezembro e foi derrotado pelo Conselho Deliberativo, põe a responsabilidade em seu sucessor. O pré-candidato da situação, Roberto de Andrade, embora esteja afastado de Gobbi, vê a possibilidade de com ele decidir o nome do treinador de 2015.

O problema é que o próximo presidente não será decidido por aclamação. Embora exista um favoritismo grande do grupo que comanda o Corinthians desde 2007, haverá ao menos um candidato de oposição. Tite é o nome favorito de muitos, embora Oswaldo de Oliveira agrade particularmente a situação.

“O Corinthians já passou por muitas situações como essa, né? E me parece que é bom deixar as coisas em seus devidos lugares porque, logo, logo, a situação se clareia entre as pessoas que vão disputar. Uma conversa entre as partes pode estabelecer uma realidade mais objetiva para a próxima temporada”, afirmou Mano.

Seja qual for o presidente do clube a partir de fevereiro, o futuro do gaúcho será diretamente ligado ao fim de temporada da equipe alvinegra. O título da Copa do Brasil tornaria provável a sua permanência. Falhar na tentativa de classificação à Copa Libertadores é adeus certo.

Por isso, para o técnico, o jeito é se concentrar no trabalho dos dois próximos meses. “Falar nisso neste momento chega a ser irresponsabilidade com o grupo que está aí, com os profissionais que estão aí. Temos que manter o foco nas duas competições em que estamos. É exatamente o que vamos fazer.”