A Procuradoria Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva rejeitou denunciar o Corinthians no caso da suposta irregularidade da inscrição de Petros, ao menos por enquanto. O procurador Paulo Schmitt recebeu o resultado do inquérito feito pelo auditor Gabriel Garciliano e o considerou insuficiente para determinar o julgamento do caso. Uma nova análise foi solicitada para decidir, enfim, se o assunto será ou não arquivado.

A questão veio à tona quando o jornal Lance apontou que a renovação do contrato do volante tem data de início posterior ao dia em que ele aparece no Boletim Informativo Diário (BID), o que poderia levar a entender que o atleta atuou sem condições em diversas partidas, o que acarretaria na perda de pontos do time paulista. A partir daí, uma investigação foi instaurada para avaliar se merecia ir ou não ao tribunal.

Gabriel Garciliano, responsável pela apuração, concluiu na semana passada que houve falhas no registro e, por esse motivo, não via condições em arquivar o caso, mas não apontou as infrações supostamente cometidas, nem tampouco os autores delas, segundo a procuradoria - quem denuncia as irregularidades para o STJD. Para Schmitt, o documento entregue foi inconclusivo e, por isso resolveu pedir que um novo parecer seja enviado nos próximos dias para que, enfim, uma decisão seja tomada.

Acontece que foi justamente esse o cuidado que o auditor tomou durante a sua investigação, sem querer apontar culpados, considerando até mesmo a possibilidade de ter sido apenas um equívoco, delegando à procuradoria qualquer definição a respeito. Agora, no entanto, a pedido do procurador, terá de decidir - ou repassará mais uma vez a responsabilidade, o que pode culminar no arquivamento do tema.

Enquanto isso, o departamento jurídico do Corinthians tem convicção de que não perderá o caso, mesmo que ele seja levado ao tribunal. No entender dos especialistas do clube, Petros tinha condições de jogo e se houve algum erro o time não será punido.

Apenas como esclarecimento: a procuradoria do STJD é responsável por oferecer as denúncias ao próprio tribunal, que por sua vez tem a competência de julgá-las.