29/9/2014 13:07
Reta final de mandato de Gobbi no Corinthians é marcado por pressões
Críticas da torcida, pedido de demissão de Mano, cobrança de mudança na diretoria e discussões com aliados políticos têm atrapalhado os últimos passos do presidente
Mandato presidencial de Mário Gobbi vai acabar oficialmente em fevereiro de 2015
Os últimos meses de Mário Gobbi Filho na presidência do Corinthians estão cada vez mais conturbados. O presidente alvinegro, cujo mandato se encerra em fevereiro de 2015 - data da próxima eleição, tem sofrido pressões de vários tipos e lados. Assim como o antecessor Andrés Sanchez, ele poderá se licenciar do cargo já em dezembro para amenizar as críticas.
A principal cobrança em cima de Gobbi envolve o baixo rendimento do time dentro de campo. O trabalho de Mano Menezes é contestado por membros da diretoria e, principalmente, do Conselho.
Muitos querem a demissão do treinador, que tem contrato até o fim do ano. O presidente ouve as críticas, mas, apoiado pelo diretor de futebol Ronaldo Ximenes, não pretende realizar uma mudança no comando técnico da equipe.
A possível candidatura presidencial do diretor social Ilmar Schiavenato também se tornou uma dor de cabeça para Mário Gobbi. Os situacionistas querem o afastamento imediato de Ilmar, que, segundo eles, virou um opositor dentro da própria diretoria.
O presidente, por sua vez, não se posicionou sobre o assunto. Roberto de Andrade, ex-diretor de futebol e provável candidato à presidência do lado da situação, é um dos principais críticos da permanência do diretor.
E a pressão política não para por aí. Na última semana, Alexandre Husni, presidente do CORI (Conselho de Orientação), discutiu duramente com Mário Gobbi no Parque São Jorge.
Husni teria cobrado algumas informações do presidente para serem debatidos na reunião desta segunda-feira, fato que estremeceu a relação. Eles são antigos aliados nos bastidores do clube.
Em meio à pressão política e os resultados ruins do time, a Camisa 12, uma das maiores torcidas organizados clubes, protestou na porta do CT Joaquim Grava na última sexta-feira. Mano Menezes e Mário Gobbi foram os principais alvos da revolta dos torcedores, que exibiram algumas faixas: "Presidente omisso" e "Técnico medíocre".
Apoiado por Andrés Sanchez na chapa "Renovação e Transparência", Mário Gobbi Filho assumiu a presidência do Corinthians em fevereiro de 2012. No mandato dele, o Timão conquistou quatro títulos: Libertadores (2012), Mundial (2012), Paulistão (2013) e Sul-Americana (2013).
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