Figura-chave no Corinthians de Mano Menezes, Paolo Guerrero é hoje diferente do jogador que era figura-chave na equipe de Tite. A pedido do chefe, o peruano deixou o posicionamento mais fixo na área, com jogadas de pivô na meia-lua, passando a avançar da esquerda em direção ao meio.

“Eu jogava de centroavante, de pivô. Não jogo mais. O Mano não quer mais. Está mudando o centroavante no futebol, hoje em dia. Se tiver a possiblidade, vou fazer os gols. Mas também posso fazer jogadas, assistir aos companheiros, dar passes”, afirmou, sem problemas com a nova função.

“Eu gosto, eu gosto. Às vezes, não tenho possibilidade de que a bola chegue para eu fazer o gol. Então, tenho que procurar a bola e fazer minha própria jogada, fazer o time chegar. Temos jogadores de qualidade, como o Jadson e o Renato, que podem te deixar na cara do gol, mas os times se fecham contra a gente, e é preciso buscar a jogada individual”, comentou o atacante.

O maior problema ocorre quando Guerrero constrói a jogada e não encontra outro Guerrero para concluí-la. O peruano precisa de que os companheiros se apresentem. “Não sei se perceberam, mas todo o mundo tem responsabilidade de marcar gol no Corinthians”, disse, colocando-se modestamente como “mais um do time”.

Após quatro jogos nos quais ficou fora da escalação por suspensão, por estar presente em sua seleção ou por não ter condições físicas, o camisa 9 será titular na tarde de domingo, contra o Flamengo, no Maracanã. Luciano será provavelmente o atleta mais próximo dele, com Romero no banco.

“Os dois têm qualidades. O Romero é mais brigador, vai à frente. O Luciano é um jogador mais técnico, que tem uma canhota muito boa e, a qualquer momento, pode desequilibrar. Estou acostumado a jogar com os dois, como estava com o Romarinho. Não tenho qualquer problema”, disse o (ex) centroavante.