Em dois dias, dois dos maiores rivais do Corinthians anunciaram trocas no comando técnico. Ricardo Gareca, no Palmeiras, e Oswaldo de Oliveira, no Santos, foram as vítimas mais recentes da constante mudança nas principais equipes do país. No Timão, Mano Menezes lamentou os fatos recentes, mas não se mostrou espantado ao receber as notícias. Para ele, tal comportamento se tornou um padrão.
– O triste é que não me surpreende o que aconteceu com Oswaldo e Gareca, porque vem acontecendo nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Parece que poucos clubes têm o mesmo técnico desde janeiro, e nós estamos em agosto.
Parte disso explica os problemas que temos, e o que discursamos não cumprimos na prática. Enquanto não tivermos outra mentalidade, vamos sofrer. O futebol brasileiro vai sofrer. Temos de mudar isso se quisermos oferecer algo melhor – avisou o técnico do Corinthians.
No caso específico de Gareca, Mano entende que a nacionalidade não influencia no pensamento das diretorias. O argentino teve apenas 13 jogos no comando do Palmeiras e, com o time sob risco de rebaixamento, acabou demitido na segunda-feira.
– Isso deixa claro que o nosso problema não é se o técnico é brasileiro ou estrangeiro. Se achamos que o profissional tem capacidade, e o Gareca tem, seria só para enriquecer o futebol brasileiro. É bom ter a chegada de outros profissionais. Vai ser ótimo para nós, porque vai escancarar exatamente onde temos de melhorar.
É no conjunto da obra. Individualmente os treinadores não são os culpados – analisou Mano.
Contratado pelo Corinthians no início do ano, Mano Menezes se mostra tranquilo no cargo, sem pressão de dirigentes. Nesta quarta-feira, ele tem uma decisão pela frente: o Timão precisa vencer o Bragantino por dois gols de diferença, na Arena, para se classificar às quartas de final da Copa do Brasil sem a necessidade de disputa de pênaltis.
A equipe do interior paulista venceu o jogo de ida das oitavas por 1 a 0, em Cuiabá.
Mano Menezes e Oswaldo de Oliveira, em clássico realizado na Vila Belmiro