No ano de 1982, em plena ditadura militar, nasce a Democracia Corinthiana, liderada pelo eterno Doutor Sócrates, seguido por Casagrande, Wladmir e outros craques. Uma autogestão participativa onde todos tem direitos iguais e todas as pautas são decididas através do voto. Foi um movimento revolucionário no esporte nacional, ainda mais se tratando de um período de intensa repressão contra movimentos democráticos. “Ganhar ou perder sempre com Democracia”. Com esse lema, o Time do Povo virou exemplo pro Brasil, dentro e fora de campo.

A Democracia Corinthiana, além de marcar a história do clube na área politica, também rendeu frutos dentro das quatro linhas. Em 1982 e 1983, o Timão conquistou o bicampeonato Paulista, ambos em cima do São Paulo.

Já 1988, após uma grande reformulação no elenco, o técnico Jair Pereira resolveu apostar nos meninos do terrão que viriam a se tornar ídolos do clube como o goleiro Ronaldo, o zagueiro Marcelo Dijan e o atacante Viola.

Apesar da reformulação, o Timão chega a final contra o forte time do Guarani, que contava com o garoto Neto, futuro ídolo da Fiel. No ano do Centenário da Abolição da Escravidão, o Timão conquista o seu 20º título estadual, com um gol do ainda garoto Viola, que saiu do banco de reservas para entrar para a história do clube.