Questionado sobre um paraguaio que vestiu a camisa do Corinthians nos anos 90, Ángel Romero respondeu: “Villamayor?”. Poucos entenderam que ele se referia a um lateral direito que disputou 12 partidas em preto e branco em 1996, sem marcar época. A pergunta era sobre Gamarra, campeão brasileiro em 1998 e paulista em 1999.

Feito o esclarecimento, o atacante se recusou a falar exclusivamente sobre um dos maiores zagueiros da história do clube. Mencionou outros compatriotas que passaram pela agremiação do Parque São Jorge, como um goleiro que não chegou a entrar em campo e um lateral que não deixou saudade.

“Os paraguaios que passaram aqui, Villamayor, Bobadilla, Balbuena, foram grandes profissionais. E me toca estar nesta instituição. Tenho o exemplo de outros jogadores que vieram aqui e tiveram a sua história. Também tenho que colocar o nome do meu país aqui”, afirmou Romero.

Apesar do orgulho de seu país, o atacante de 22 anos abriu um sorriso maior ao ouvir o nome de Tevez. Repetir o sucesso que outros estrangeiros tiveram no Corinthians – ele jura que acompanhava o time de longe e vibrou com o gol de Guerrero na final do Mundial de 2012 – é sua meta.

“Oxalá eu me pareça com o Tevez. A verdade é que seria para mim um orgulho ser comparado com o Tevez, que é um grande jogador, um grande profissional, um dos melhores atacantes do mundo. Tenho que sempre estar trabalhando para mostrar no campo o que posso fazer”, disse.

Reiterando frequentemente a necessidade de ser humilde, Romero sabe que passa pelas conquistas o caminho para ganhar espaço definitivo no coração da Fiel. “Com o tempo, se Deus quiser, vou marcar história, mas não só no plano pessoal. É com a instituição. Vim para ser campeão, e o Corinthians tem obrigação de o ser.”