Os dirigentes do futebol brasileiro deixaram o Palácio do Planalto muito otimistas após a reunião desta sexta-feira com a presidente Dilma Rousseff, que tratou do projeto de parcelamento da dívida dos clubes com a União, cujo valor passa dos R$ 4 bilhões.

O entendimento é que a Lei de Responsabilidade do Esporte tem que sair logo do papel e, por isso, Dilma determinou a criação de uma comissão capitaneada pelo Ministério do Esporte, com participação da Advocacia Geral da União, Ministério da Fazenda e clubes, para aparar as arestas do projeto e chegar o mais rápido possível ao texto final. A expectativa é de um consenso em até 15 dias.

Segundo os dirigentes, Dilma gostou do que ouviu em relação aos planos para a quitação das dívidas.

- Estamos muito otimistas. A presidente entendeu que a proposta é séria e tem credibilidade - afirmou ao LANCE!Net o presidente da comissão de clubes da CBF e presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade.

- A reunião foi muito boa, a expectativa é que o projeto caminhe logo. A ideia é que seja votado em breve, até porque este ano é eleitoral e há menos sessões parlamentares - acrescentou o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar.

Apesar do entendimento geral dos benefícios da Lei de Responsabilidade do Esporte, os clubes querem tirar do texto substitutivo, apresentado na Câmara pelo deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), a parte que trata sobre a regulamentação de apostas para cobrar imposto e ajudar os clubes.

- Essa parte não é consenso entre os clubes e o governo - acrescentou Vilson.

Os clubes agora vão se reunir com a CBF, na segunda-feira, no Rio, para alinhar mais passos da questão.

- Vamos falar sobre como isso vai ser implantado nos regulamentos, entre outros assuntos - explicou Alexi Portela, presidente da Liga de Futebol do Nordeste.