O gaúcho Mano Menezes se lembra bem do pavor que o atacante Escurinho costumava causar no Grêmio ao sair do banco de reservas do Internacional nos anos 70. Ele deverá delegar função semelhante a Romarinho no clássico do Corinthians contra o Palmeiras, no domingo, em Itaquera.

O jogador já provoca preocupação nos palmeirenses por seu histórico no Derby. Desde que chegou ao clube do Parque São Jorge, ele balançou a rede cinco vezes em quatro confrontos com o arquirrival. E ele já havia marcado contra o time alviverde quando atuava pelo Rio Branco.

“A gente leva isso em consideração, sim. Pode não ser determinante, mas certamente vai estar entre as questões analisadas. Até porque o adversário enxerga de maneira diferente o atleta”, afirmou o treinador corintiano, que provavelmente voltará a escalar Romero ao lado de Guerrero na frente.

A ideia é ter Romarinho como carta na manga. Foi saindo do banco, no Campeonato Paulista do ano passado, que o atacante fez o Corinthians arrancar o empate por 2 a 2 no clássico. De qualquer maneira, escalado entre os titulares ou não, ele jamais passou um Derby sem balançar a rede.

“O Inter tinha um 12º jogador que se chamava Escurinho. Sempre que entrava, significava muito para a torcida do Inter como confiança; para a do Grêmio, como verdadeiro pavor. Sempre fazia gol de cabeça, e as coisas se resolviam assim. Esse sentimento de ambos os lados a gente sabe que acontece”, comentou Mano.

Mais forte do que esse sentimento, segundo o comandante, é a fase técnica. É por isso que as chances de Romero ser titular são maiores. O paraguaio foi escalado na última quarta-feira, deixou sua marca contra o Bahia e, elogiado, começou entre os 11 na atividade de sexta-feira.

“Prefiro acreditar em trabalho, dedicação. O momento do jogador também é importante. Às vezes, você fica olhando só para trás, e o momento está difícil. A gente precisa respeitar o momento”, concluiu o gaúcho, esperando boa produção de Romero. O escurinho Romarinho pode fazer isso no segundo tempo.