O Corinthians conseguiu o que buscava no estádio de Itaquera na noite de quarta-feira. A equipe da zona leste de São Paulo se impôs sobre o Bahia no primeiro tempo, fechando no segundo a vitória por 3 a 0 que deixou bem perto a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil.
Com boa percepção do técnico Mano Menezes na montagem da equipe – abrindo os meias e quebrando a marcação dos visitantes –, seus comandados foram muito superiores nos 45 minutos iniciais. Elias e Romero colocaram na rede as bolas que deixaram tudo encaminhado.
Além dos autores dos gols, tiveram ótima participação Ralf, Guerrero, Jadson e, especialmente, Petros. Na etapa derradeira – provavelmente com o clássico de domingo, contra o Palmeiras, na mente –, os jogadores atuaram em ritmo bem mais lento..Mesmo assim, no finalzinho, ampliaram em pênalti batido por Renato Augusto
A partida de volta está marcada para o dia 6 de agosto, na Fonte Nova. Antes, o Corinthians se concentra no primeiro Derby em sua casa nova, pelo Campeonato Brasileiro. No Nacional, o Bahia entrará em campo também no domingo, em Salvador, contra o Internacional.
Elias foi um dos jogadores que tiveram ótima participação na vitória do Corinthians
Meias abertos, pressão na saída e domínio alvinegro
Mano Menezes foi inteligente ao abrir Jadson na meia direita, com Petros na esquerda. Fahel, posicionado à frente da zaga do Bahia para protegê-la, ficou sem função durante todo o primeiro tempo, sem que Marquinhos Santos percebesse, e os volantes Uelliton e Léo Gago não conseguiam frear o rival pelos lados.
Como Romero e Guerrero, movimentando-se bem na frente, ganhavam a maioria das disputas, não demorou para que o Corinthians estabelecesse amplo domínio. Aos cinco minutos, Romero recebeu na esquerda e cruzou para cabeceio de Guerrero.
Pouco depois, Guerrero fez pivô para Ralf bater de fora.
O domínio rendeu frutos aos 17 minutos, quando Guerrero ganhou mais uma pelo alto e sofreu falta na intermediária. Elias preferiu a batida rápida, acionando Petros na esquerda e correndo na direção da área. Recebeu de volta um passe muito preciso e desviou de pé direito para abrir o placar.
O ritmo não foi diminuído com o gol, e o segundo poderia ter saído quando Guerrero brigou na esquerda e cruzou para Jadson chutar mal. Pouco mais tarde, Ralf partiu do círculo central, ganhando a famosa segunda bola – que foi alvinegra durante toda a etapa final –, e avançou até a meia-lua, batendo com muito perigo.
Além de tocar a bola com facilidade, o Corinthians marcava na frente e dificultava muito a saída do Bahia. A bola era roubada com frequência em posição perigosa, como aconteceu com Petros ganhando de Adailton. Em situação de dois contra um, Romero tentou acionar Guerrero e desperdiçou a jogada.
A solidariedade foi premiada aos 32, em mais uma situação na qual a saída tricolor foi pressionada. Petros, em excelente jornada, contou com a ajuda de Fábio Santos para roubar a bola e rolar para Ralf, que cruzou. Bem colocado, Romero deu peixinho para balançar a rede no canto esquerdo de Marcelo Lomba.
O Bahia, quando saída da primeira linha de marcação, pouco fazia. Houve só uma bola bem metida na área para Maxi Biancucchi, mas Cleber, que havia levado nas costas, recuperou-se. Na etapa inicial, Petros ainda se desesperou com impedimento inexistente em lance perigoso e Elias errou por pouco após passe de Jadson.
Ritmo lento e gol de pênalti
Com uma boa vantagem, Mano resolveu preservar Guerrero para o clássico contra o Palmeiras, colocando Romarinho no intervalo. Talvez justamente pelo clássico, o Corinthians voltou com um ímpeto bem menor, satisfazendo-se em controlar as investidas do adversário no campo de defesa, sem a pressão dos 45 minutos iniciais.
A equipe alvinegra só chegava quando Elias dava um de seus passes rápidos que clareavam a jogada, como aconteceu aos 14 minutos.
Romero recebeu de Jadson na área e bateu cruzado, com perigo.
Marquinhos Santos, então, resolveu apostar em Wiliam Barbio.
Barbio entrou bem, criando problemas pelo lado direito.
De uma jogada que nasceu lá, saiu um bom chute cruzado de Guilherme Santos. Na sequência, aos 26, Mano colocou Renato Augusto no lugar de Jadson, que está suspenso do Derby de domingo. É provável a repetição dessa opção no final de semana.
Não adiantou a reclamação dos jogadores do Bahia sobre o pênalti que fechou o placar
Marquinhos acionou pouco depois Rafinha e Branquinho; Mano trocou o aplaudido Romero por Luciano. O Corinthians estava satisfeitíssimo com a vantagem, vendo Léo Gago desperdiçar a melhor chance dos visitantes em cobrança de falta bisonha, mas conseguiu um pênalti no finalzinho.
Foi em jogada bem iniciada por Renato Augusto, com participação de Romarinho, Luciano e Fagner, que fez a segunda tentativa de cruzamento. O juiz viu pênalti no toque no braço de Rafinha. Coube a Renato Augusto fazer boa batida, no canto direito, aos 44 minutos, e fechar a contagem.