Corinthians Steamrollers enfrenta Botafogo Challengers na final da Super Copa (Foto: Divulgação/Martinez Assessoria)

Quando o assunto é futebol americano, não é da capital, mas sim do interior paulista um dos principais rivais do Corinthians. Diante do Botafogo Challengers, equipe de Ribeirão Preto, o retrospecto é favorável ao Timão. Além de duas finais vencidas pela Super Copa São Paulo, o "Rolo Compressor" ganhou por 42 a 0 dos "desafiantes" na temporada 2014 do Touch Down, torneio equivalente ao Campeonato Brasileiro da modalidade. Mas a recorrência do mesmo confronto na decisão do Paulista, marcado para este domingo, às 16h, no Parque São Jorge, começa a desenhar uma rivalidade em um esporte ainda pouco admirado pelos brasileiros.

Vice-campeão diante do Corinthians nas duas últimas edições do campeonato, a equipe de Ribeirão garantiu mais uma vez seu lugar na decisão depois de uma campanha invicta na chamada Conferência Interior. O mesmo caminho vitorioso foi trilhado por seu adversário, também bicampeão brasileiro no esporte, na Conferência Metropolitana.

Apesar do favoritismo da equipe da capital, os Challengers não se colocam na posição de fregueses. Para o técnico Marcelo Vieira, protagonizar a mesma final com os Steamrollers mostra que o grupo de Ribeirão evoluiu e tem condições de enfrentar o adversário de igual para igual.

- O time está melhor que no começo do ano. O Corinthians está em um nível superior, mas acredito que o Botafogo chega para complicar - afirma.

Se no começo do ano o time perdeu de "goleada", agora o momento é diferente, segundo Vieira. A começar pelo elenco. Novato em 60% de sua composição, o grupo conseguiu fixar melhor seu esquema tático nos confrontos realizados após a derrota. Além disso, aumenta a competividade em relação à última decisão paulista a melhor divisão de tarefas na equipe de Ribeirão - no final de 2013 Vieira entrou como técnico no lugar de Chico Araújo, que agora somente atua como quarterback.

Vieira aposta em variedade de jogadas (Foto: Estúdio Caixa Mágica Ribeirão Preto/Divulgação)

- A figura de um treinador muda muito o estilo do time. Agora o Chico, que tem uma leitura de jogo muito grande, pode se concentrar mais em sua função - diz.
Jogo de forças

O treinador reconhece na experiente e forte linha ofensiva e nos talentos dos linebackers Felipe Bersch e Marcel Scalli as principais armas dos Steamrollers, mas também identifica os seus pontos fortes. Com uma variedade de jogadas e talentos individuais como Chico Araújo, Vieira chega a São Paulo acreditando no título inédito.

- Não concentramos nosso ataque só em corrida ou passes. Temos uma mobilidade dinâmica muito boa. O grande destaque é nosso quarterback, que faz muita diferença, é extremamente perigoso tanto passando a bola quanto correndo - afirma.

Em vez de se tornar um fator de intimidação, jogar no Parque São Jorge, centro de treinamento do oponente, será um ingrediente a mais para inspirar os "desafiantes" do interior, diz o técnico.
- Conseguimos utilizar o fato de jogar na casa deles como algo que motiva mais os jogadortes. Seria algo que poderia assustar, mas se transformou em uma força adicional. É uma chance que temos de quebrar essa sequência de derrotas.

Corinthians venceu o Rio Branco Cabritos nas semifinais (Foto: Jana Aguiar)