16/7/2014 18:25
Para Mano, CBF tem de definir uma filosofia antes de achar o novo técnico
Treinador do Timão preferiu não dar a sua opinião sobre a goleada sofrida pelo Brasil contra a Alemanha, na semifinal da Copa, mas disse que é preciso tê-la como exemplo
Mano Menezes no treino do Corinthians
(Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)
Mano Menezes tentou fugir das perguntas sobre Seleção durante a sua primeira entrevista coletiva desde a eliminação do Brasil na Copa do Mundo. Ao ser perguntado sobre a derrota vexatória para a Alemanha, por 7 a 1, e sobre quem deve ser o novo treinador da equipe, o atual comandante do Corinthians pediu que a discussão sobre o ocorrido fique para outro momento.
- Acho legítimo que vocês (imprensa) queiram fazer perguntas sobre a Seleção e sobre a Confederação para mim, que sou técnico de futebol em um dos principais clubes do país e que recentemente passei por lá. Mas esse momento não é adequado. Não vou me recusar de discutir isso amplamente como técnico. Não vou me recusar de dar a minha opinião tendo passado dois anos e meio por lá. Mas devemos fazer isso em outro momento. Agora, qualquer declaração vai parecer outra coisa, em cima de uma eliminação da maneira como foi. Não vai produzir um efeito positivo. Em um momento certo, em um lugar certo, devemos e podemos nos reunir para, aí sim, discutir isso de forma mais ampla e profunda - afirmou.
Técnico da Seleção entre 2010 e 2012, acumulando 33 partidas, com 21 vitórias, seis empates e seis derrotas (aproveitamento de 69,69%), Mano Menezes diz que o foco principal não é escolher o substituto de Luiz Felipe Scolari, demitido após a Copa do Mundo. Mas, sim, definir uma nova forma de trabalho.
- Não penso que a parte de nomes seja a mais importante. A parte mais importante é a filosofia, a ideia. Depois da ideia, você vai escolher as pessoas que compactuam com ela e sejam capacitadas para desenvolve-la em termos de futebol brasileiro, que é mais amplo do que só a seleção - opinou.
O treinador do Timão elogiou a qualidade da campeã Alemanha e disse que não era segredo para ninguém que ela chegaria na competição muito forte. Além disso, disse que acha natural que a escola alemã passe a ser um exemplo para todo o mundo.
- Futebol é assim. O campeão passa a ser exemplo dos outros. Da mesma maneira que todos queriam ser Barcelona e depois seleção da espanha, agora todos querem ser Alemanha. Se o chute do Higuaín tivesse entrado, estaríamos falando dele. O futebol jogado pela Alemanha chama a atenção e não é de hoje. Precisamos ser mais profundos nas questões. Não foi só na Copa do Mundo que isso aconteceu. É bom os jogadores se espelharem em exemplos vencedores e de um futebol bem jogado. Eles demoraram oito anos, 10 anos para chegar nesse ponto. Temos de chegar nesse ponto mais rápido. A paciência aqui é menor - finalizou.
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