Bruno Henrique usa a camisa 25 no Corinthians
Não são poucos os volantes que entraram na história do Corinthians. Biro Biro, Wilson Mano, Vampeta, Rincón, Paulinho...A lista é extensa. E, renovando-se a cada ciclo, o clube não viu problemas quando o Udinese, da Itália, procurou Guilherme com a intenção de comprá-lo. Afinal, além de ter repatriado o xodó Elias, o elenco ainda conta com o promissor Bruno Henrique.
Aos 24 anos, o paranaense natural de Cambira, a 337 quilômetros de Curitiba, já está há cinco meses no clube. E, mesmo tendo realizado apenas 16 partidas com Mano Menezes, já passa tranquilidade para a diretoria, que vê nele o reserva ideal para a função de segundo volante.
Fã do ex-meia francês Zinedine Zidane, e tendo começado a carreira no campo em um time de empresários que tinha o ex-corintiano Ricardinho como um dos cabeças, quando tinha apenas 15 anos, o Bruno Henrique teve em casa o seu maior espelho no futebol: o irmão Douglas Corsini.
Recém-contratado pelo time de futsal do Lazio, da Itália, onde já jogou entre 2006 e 2010, o fixo de 31 anos sempre apoiou a carreira do irmão mais novo, que também iniciou no futebol de salão.
Bruno com o irmão, Douglas Corsini, que joga futsal no Lazio
- Me espelhava muito nele. Aos 10 anos saí de casa e fui para Curitiba iniciar no futsal, como ele já havia feito. Sempre apanhava dele, que é sete anos mais velho (risos), mas ele também sempre foi um irmão muito presente. Um segundo pai - relembra Bruno, que acabou sendo levado para o futebol de campo com o tempo, o que já era o seu desejo:
- Sempre sonhei em jogar campo e em atuar pelo Corinthians - completa, que cresceu em família corintiana, algo comum no interior do Paraná.
Enquanto o irmão trilhou o seu caminho de sucesso nas quadras, naturalizando-se italiano e sendo convocado para a Azzurra, Bruno aos poucos ia conquistando seu espaço. No Iraty desde os 17 anos, se tornou profissional, teve uma rápida passagem pelo time sub-23 do Atlético-MG e depois acabou no Londrina. Emprestado para a Portuguesa em 2013, chamou a atenção do Timão e teve 25% dos direitos comprados em fevereiro, assinando um vínculo até 31 de dezembro de 2016 com o Timão.
De família religiosa e vestido um terço, o camisa 25 disse à reportagem do GloboEsporte.com que não tem pressa em conquistar uma vaga na equipe durante o segundo semestre:
Bruno (à esquerda) e Douglas Corsini (à direita) na infância, no Paraná
- Tem de ter paciência. No futebol as coisas acontecem quando você menos espera. Vou continuar trabalhando, independente de ser titular ou não. Temos um grupo muito forte, ainda mais com o Elias, que veio para ser titular. Espero crescer dentro do clube para que um dia possa ter essa titularidade, com uma sequência boa de jogos. Vou esperar a minha hora chegar - afirmou.
Parceiro de Jadson no CT, o outro paranaense do elenco, Bruno Henrique torce para que o Timão engrene com rapidez na volta da Copa do Mundo. Afinal, não vê a hora de conquistar o seu primeiro título de expressão na carreira:
- Ganhei dois títulos do interior no Paraná, mas só fui disputar um campeonato de primeira divisão nacional em 2013, pela Portuguesa. É uma alegria muito grande estar brigando pelo Brasileiro. Aqui no clube posso conquistar os maiores títulos nacionais e internacionais. É um sonho, já que desde pequeno vejo pela televisão os times campeões. Vamos brigar pela Copa do Brasil e pelo Brasileirão. Espero que conquistemos pelo menos um desses - finalizou.
Bruno Henrique recebeu a reportagem do GloboEsporte.com em seu apartamento, em São Paulo