Colecionador mostra camisa do Mainz, trocada com o lateral Junior Díaz (Foto: Lincoln Chaves)
O agente de turismo Diego Baccarat é colecionador de camisas de futebol. No acervo, segundo ele, são mais de 500 peças – a maioria delas do Palmeiras, seu time do coração. Com duas seleções em Santos (México e Costa Rica) durante a Copa do Mundo, o objetivo era conseguir o "manto" de alguma delas. A "arma" para convencer jogadores e dirigentes? Ronaldinho Gaúcho - ou melhor, uma camisa do Atlético-MG com autógrafo do craque. A "proposta" agradou ao lateral-esquerdo dos Ticos, Junior Díaz.
- Eu trouxe algumas das camisas, mas a principal era essa (do Ronaldinho). Mostrei para o Díaz e ele ficou emocionado, pois o Ronaldinho é seu ídolo. Ele disse que não poderia trocar pela da seleção porque as dele estavam garantidas para a família, mas que tinha uma do time dele (Mainz 05, da Alemanha) para trocar. Eu aceitei na hora - contou Diego.
O palmeirense, de 30 anos, visitou o quarto do lateral-esquerdo, conheceu a "mini-coleção" montada pelo jogador ao longo da Copa (com uniformes de Uruguai, Itália, Inglaterra, Grécia e Holanda, rivais ticos no Brasil) e registrou o momento que Díaz autografou a camisa do Mainz. Diego, como bom colecionador, ainda perguntou se o costarriquenho topava trocar mais algum uniforme...
- Ele explicou que não podia trocar as camisas que conseguiu com as seleções porque vai levá-las com ele até a morte. Falou que foi uma experiência inesquecível, ainda mais pela campanha. Eu entendo, pois, para mim também foi. Estou feliz da vida, já postei a foto nas redes sociais e veio gente do mundo todo perguntar por quanto eu venderia a camisa (risos) – disse.
E Diego teve ainda mais motivos para ficar feliz. Nesta segunda-feira pela manhã, o colecionador conseguiu um agasalho da comissão técnica da Costa Rica com o preparador de goleiros Luís Gabelo Conejo. Até por isso, o santista não tem dúvidas: valeu a pena abrir mão da camisa de R10.
- O Ronaldinho é um ídolo nacional, mas é mais fácil de você conseguir autógrafo dele. É difícil que tenhamos outra seleção em Santos, né? - encerrou.
JORGE PINTO RECEBE CAMISA DO TIMÃO E FÃ AGUARDA
No último dia da seleção da Costa Rica no Brasil, o técnico Jorge Luis Pinto acabou recebendo mais uma camisa do Corinthians, time que já afirmou ser torcedor desde os tempos que morou no Brasil (o treinador estudou na Universidade de São Paulo no fim da década de 70). Mas, na tarde desta segunda-feira, o presente foi especial: o comandante dos Ticos ganhou do fã José Ferreira das Neves, que é agente autônomo de investimentos, a camiseta que o Timão usou na conquista do título paulista de 1977, conquista que tirou o Corinthians de uma fila de 23 anos e que contou com a presença de Jorge Pinto no estádio do Morumbi.
- Trouxe essa camisa de 77, que foi um ano importante para o Corinthians e, como ele diz que é corintiano, vim aqui para tentar trocar com ele – disse o fã.
Pinto recebe camisa do Timão (Foto: Reprodução)
A oportunidade da troca acabou surgindo durante um passeio do técnico em um shopping. Neves entregou a camisa do Corinthians ao treinador, mas, como Pinto não tinha nenhuma camisa dos costarriquenhos no momento, o fã acabou não recebendo de volta. A promessa, no entanto, é que assim que a delegação chegue à Costa Rica, o presente será enviado para o brasileiro.
- Ele pegou meu endereço, CEP, telefone, bairro, tudo direitinho. Deixei tudo anotado e ele me disse que, assim que chegar lá, vai me mandar pelo correio. Espero que seja uma camiseta, que por sinal é muito bonita – concluiu.
O técnico mais uma vez agradeceu o carinho dos santistas com a seleção e lamentou não ter jogado uma partida em São Paulo, no estádio do seu clube de coração.
- Esta camisa é maravilhosa, é sempre muito linda. A de 77 é ainda mais bonita. Uma pena não termos jogado em São Paulo, na Arena Corinthians, seria realmente espetacular – afirmou o treinador.