2/7/2014 17:37
Silas acredita que Mundial deixará variações táticas no futebol brasileiro
Técnico imagina que Copa fará "4-4-2 europeu" vingar nos campos do Brasil, e afirma que só Cruzeiro e Corinthians têm elenco com estilo mais ofensivo
Elias é um dos reforços do Corinthians para o pós-Copa (Foto: Daniel Augusto Júnior/Agência Corinthians)
Com passagens por grandes clubes do futebol brasileiro como Grêmio e Flamengo, o técnico Silas analisou o que a Copa do Mundo pode trazer de novidades para os times do Brasil em termos táticos. O treinador não acredita que o Mundial deixará um legado revolucionário, entretanto, afirmou que algumas variações, como do 4-2-3-1 para o "4-4-2 europeu" poderão ser vistos com mais frequências (assista ao vídeo).
- Legado eu acho que não, as variações sim. Por exemplo, do 4-2-3-1 para o 4-3-3, para o 4-4-2 europeu, e não o brasileiro, que são os dois volantes (centralizados) e dois meias pelas beiradas. Então tem uma linha de quatro atrás, outra linha de quatro no meio. Dos dois no ataque, ou o técnico faz um meia jogar de atacante ou um atacante jogando de meia - afirmou.
Silas acredita que o 4-2-3-1, uma espécie de esquema padrão da atualidade no futebol brasileiro, visa o aumento da chance de vitória com uma defesa mais forte. O treinador explicou que o esquema oferece ações para quando se está ganhando um jogo, ou quando se quer fechar um time.
- O 4-2-3-1 de hoje libera um dos volantes. Os quatro defensores mais outro volante ficam mais atrás para não permitir o contra-ataque. Quem consegue manter o placar em zero (não tomar gol), aumenta muito a chance de ganhar um jogo. Com a variação, coloca dois rápidos nas pontas, dois meias que saibam meter a bola no centro, segura bem essa linha, deixa descer o adversário que ataca mais, e nas costas dele (explora o) contra-ataque, contra-ataque e contra-ataque - observou.
O comentarista Marco Antônio Rodrigues reclamou que falta ofensividade no futebol brasileiro e perguntou se há esperança de isso se reverter. Silas respondeu que só espera um estilo mais ao ataque do Cruzeiro e do Corinthians.
- No futebol brasileiro, só vamos conseguir ver isso no Cruzeiro, que tem um elenco de 30 jogadores, um melhor que o outro, e o Corinthians, que se fortalece e não tem desespero para se desfazer dos jogadores - disse.
Silas apontou dois motivos, um consequência do outro, que impedem um futebol mais ofensivo para a maioria dos clubes brasileiros.
- Falta de entrosamento e manutenção do elenco - respondeu.
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