24/6/2014 21:43
[COPA 2014]Parreira e Murtosa: os "intrusos" nas coletivas de Felipão durante a Copa
Presenças constantes nas entrevistas, coordenador e auxiliar comentam perguntas, divertem-se com acidez das respostas e mostram entrosamento com o treinador
Felipão na coletiva: auxiliar e coordenador são os espectadores de luxo (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
Luiz Felipe Scolari já concedeu dez entrevistas coletivas desde o início da preparação brasileira, sempre em vésperas e depois das partidas. Às vezes brincalhão, outras mais agressivo, satisfeito, irritado... O que nunca muda, porém, são dois espectadores de luxo: o coordenador Carlos Alberto Parreira e o auxiliar Flávio Murtosa. Discretamente, eles já foram às salas de imprensa de Goiânia, São Paulo, Fortaleza e Brasília. Comentam jogos, perguntas e até cantam respostas do técnico.
A cena se repetiu duas vezes na capital federal, temperada por elogios a Neymar, ponderações sobre mudanças no time e gestos a respeito do Chile, adversário das oitavas de final da Copa do Mundo, no próximo sábado, em Belo Horizonte.
Um dia antes de enfrentar Camarões, o trio entrou na sala. Felipão foi à mesa, e seus escudeiros não acharam um lugar para sentar. Cochicharam encostados na parede, Parreira com as mãos nos bolsos, e Murtosa de braços cruzados.
- Gostamos de saber o que a imprensa está pensando, a visão de vocês. É importante, ajuda no nosso trabalho - explicou Parreira, que depois analisou perguntas e respostas. - As perguntas são razoáveis. Umas boas, outras nem tanto. As respostas são melhores, o Felipão é escolado, mata no peito e sai jogando (risos).
A ironia do treinador diverte. Um jornalista chileno perguntou se ele preferia Chile ou Espanha nas oitavas de final. Foi um erro, ele queria dizer Holanda, já que a atual campeã havia sido eliminada precocemente. Felipão não perdoou a piada, disse querer a Espanha para vencer por W.O. Murtosa não conteve a gargalhada.
Durante a coletiva, os dois foram abordados por membros da Fifa, jornalistas, pelo diretor de comunicação Rodrigo Paiva. Mas permaneceram atentos. Nesta segunda-feira, aliviados pela goleada sobre os africanos e a classificação, os braços-direitos do comandante voltaram à sala. Acharam até duas cadeiras vazias no concorrido espaço.
Antes de Felipão, Neymar falou rapidamente. Um procedimento padrão para quem é eleito melhor em campo. Bastou que o atacante pronunciasse suas primeiras palavras para que Parreira balbuciasse elogios.
Hoje ele estava aceso, ligado. Fez cada jogada, você viu? Deu chapeuzinho... Estava soltinho, elétrico. Agora é hora de coração mesmo - disse o coordenador ao silencioso Murtosa.
Logo depois, foi a vez de o técnico falar. Logo na primeira pergunta, questionado sobre a possibilidade de Fernandinho ganhar a posição de Paulinho, não confirmou qualquer mudança. "Intruso" entre os jornalistas, Parreira descartou pressa:
- Tem cinco dias para resolver.
A instabilidade da Seleção na primeira fase, nos jogos contra Croácia, México e Camarões, foi colocada em pauta. Foi a deixa para que o comandante do tetra, em 1994, mostrasse sintonia com o atual chefe. Antes mesmo de Felipão responder que não havia mais espaço para tropeços, Parreira cantou a bola:
- Não pode errar, não pode errar...
A entrevista fluiu, e o coordenador sentiu-se à vontade para papear. Comentou sobre o alto índice de gols da Copa do Mundo, um dos maiores da história, e quando a Fifa encerrou a entrevista, ainda se despediu com um sorriso de satisfação no rosto ao comentar a entrada de Fernandinho.
- Mexemos bem.
A essa altura, Murtosa, ligeirinho, já havia sumido.
VEJA TAMBÉM
- REFORÇO DE PESO? Corinthians sonda Marlon, destaque do Cruzeiro
- A FIEL É INCRÍVEL! Corinthians arrecada valor significativo em menos de 24 horas em ação
- MULTA ALTA! Corinthians é penalizado por arremesso de cabeça de porco em clássico
3666 visitas - Fonte: Globo Esporte
Mais notícias do Corinthians
Notícias de contratações do Timão
Notícias mais lidas