Fazer história é um dom de Luiz Felipe Scolari. Campeão do mundo pelo Brasil em 2002 e da Taça Libertadores por Grêmio e Palmeiras, em 1995 e 1999, respectivamente, Felipão está acostumado a marcar o seu nome por onde passa, com feitos impressionantes e conquistas memoráveis. Com oito vitórias - mesmo número de Telê Santana - no comando da Seleção na história da Copa do Mundo, ele está a uma de igualar Carlos Alberto Parreira, hoje coordenador técnico da equipe, como segundo treinador com mais triunfos pela equipe pentacampeã em Mundiais. Para tanto, Felipão conta com uma vitória sobre o México, nesta terça-feira, no Castelão, em Fortaleza, pela segunda rodada do grupo A da Copa do Mundo.




O líder desta estatística só poderia ser um: Zagallo. O Velho Lobo comandou a Seleção em três Copas (1970, 1974 e 1998) e somou justamente 13 triunfos, o seu número da sorte. Felipão tem até a possibilidade de superar Zagallo. Para isso acontecer neste ano, a Seleção terá de repetir o feito de 2002 e vencer os sete jogos da competição.

Por enquanto, Scolari tem 100% de aproveitamento no comando da seleção brasileira na principal competição do futebol mundial. E essa trajetória teve início contra a Turquia, na estreia da linda campanha de 2002. Com gols de Rivaldo e Ronaldo, o Brasil venceu os turcos de virada: 2 a 1. O adversário seguinte foi a inexpressiva China. Triunfo fácil por 4 a 0, com gols dos “quatro erres”: Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. O último jogo da primeira fase teve a Costa Rica como adversária. A vitória por 5 a 2 foi construída por Ronaldo - duas vezes -, Rivaldo, Edmílson e Júnior.

Vieram as oitavas de final, e os triunfos seguiram. A Bélgica foi batida por 2 a 0, novamente com a dupla Ronaldo/Rivaldo decidindo. Nas quartas, um pequeno sufoco virou triunfo épico contra a Inglaterra por 2 a 1. Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho resolveram. Na semifinal, contra a Turquia, um gol de bico de Ronaldo levou a equipe de Felipão à decisão. A Alemanha foi o adversário da final, mas não foi páreo para o Fenômeno, que marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 e consagrou a Família Scolari com o pentacampeonato.

Píndaro de Carvalho (1930) e Zezé Moreira (1954) são os treinadores que já tiveram a chance de dirigir o Brasil em uma Copa do Mundo e têm menos triunfos. Apenas um cada. Técnico no último Mundial, Dunga deixou a competição na África do Sul com três vitórias: contra Coreia do Norte, Costa do Marfim e Chile.