14/6/2014 08:05

[COPA 2014]Brasil de olho: pilares do México, química no ataque e Chicharito

Próximo adversário da Seleção aposta em jogadores fundamentais, tem a dupla formada por Giovani dos Santos e Peralta em ascensão e Chicharito para etapa final

[COPA 2014]Brasil de olho: pilares do México, química no ataque e Chicharito
Giovani dos Santos e Uribe Peralta formam a ataque de química perfeita, segundo o treinador (Foto: Janir Junior)



Depois da vitória por 3 a 1 sobre a Croácia na estreia na Copa do Mundo, o Brasil terá pela frente o México, na terça-feira, no Castelão, em Fortaleza. No seu primeiro jogo, a seleção mexicana demonstrou vontade e insistência durante os 90 minutos, toque de bola veloz - mesmo que por vezes sem extrema qualidade -, altos e baixos durante a partida, mas sem desistir jamais.

O time comandado por Miguel Herrera se sustenta em alguns pilares: a segurança de Ochoa no gol, o faro de artilheiro de Oribe Peralta, a química da dupla de ataque com o amadurecimento de Giovani dos Santos e a mobilidade de Herrera e Aguilar pelas alas. E tendo como arma Chicharito Hernández, que sempre tem entrado no segundo tempo das partidas.

Antes mesmo da estreia, o treinador mexicano deixou claro que somente faria mudanças na equipe durante a Copa em caso de revés ou contusões. Se mantiver seu discurso, o time que enfrentará o Brasil será o mesmo que atuou diante de Camarões, com a “química perfeita” exaltada pelo treinador na dupla de ataque formada por Oribe Peralta - autor do gol na estreia - e Giovani dos Santos.

Giovani marcou dois gols anulados erradamente pela arbitragem diante de Camarões. O atacante, também forte ao dar o primeiro combate ainda no ataque, foi escolhido o homem do jogo. Ele também participou do gol de seu companheiro de ataque, ao finalizar a bola que resultou no rebote do goleiro e no arremate de Uribe Peralta.

Já Peralta marcou nove gols nos últimos sete jogos oficiais da seleção. Em campo, a dupla se movimenta bem, inverte os lados dos campos e volta para buscar jogo, mas sempre com bom posicionamento e entrosamento.

E, de titular, Chicharito virou uma arma certa de Herrera no segundo tempo das partidas. Nos amistosos contra Israel (3 a 0), Equador (3 a 1) e Portugal (derrota por 1 a 0), o atacante ficou no banco e entrou durante os jogos. Foi assim também diante de Camarões, quando o atacante entrou na vaga de Peralta aos 29 minutos do segundo tempo e perdeu uma boa chance de gol.
- Chicharito fez uma temporada ruim no Manchester United, não tem que jogar pelo nome, mas sim quem está melhor – analisou Juninho Pernambucano, ex-jogador e comentarista da TV Globo.

Começo de jogo com volume

Diante de Camarões, o México imprimiu um ritmo forte nos primeiros minutos, aproveitando as jogadas pelas laterais, com Aguilar bem aberto pela direita e participativo em cruzamentos e finalizações. Ele é outro pilar de Miguel Herrera, que tem nele um dos seus homens de confiança. O goleiro Ochoa voltou à condição de titular e passou segurança ao time. Herrera também teve boa atuação pela esquerda.

Mas, mesmo compacto, aos poucos o México passou a dar espaços e deixou alguns buracos na zaga, apesar da postura firme do capitão Rafa Márquez. O baixo poder de fogo de Camarões, porém, facilitou o trabalho.

Pelas estatísticas da Fifa, o México teve maior posse de bola no meio-campo, e também em todo o jogo: 58% contra 42% de Camarões.

Uma palavra esteve presente em praticamente todas as declarações dos jogadores mexicanos depois da vitória sobre Camarões:

determinação

- A determinação, a entrega, a mentalidade. A equipe mostrou garra, experiência, fizemos 1 a 0, e poderia ser mais – afirmou o goleiro Ochoa.

E os jogadores demonstraram maturidade e cabeça no lugar. Mesmo depois de dois gols legítimos terem sido anulados, o time manteve a calma e buscou a vitória. Brasil e México se enfrentam na terça-feira, em Fortaleza. Além da química do ataque e de seus principais pilares, Herrera revela a fórmula para tentar segurar a Seleção.

- O México superou a minha expectativa. (Giovani) Dos Santos, Moreno e Rafael Márquez foram ótimos em campo. Contra o Brasil, meus jogadores precisam ter inteligência e fazer a bola rolar, deixar o tempo passar e jogar com a impaciência da torcida brasileira pelo gol e pela vitória. Será um jogo diferente.

Sempre respeitando Camarões, mas eles não são o Brasil. Vamos jogar com atitude, controlar a bola e nos defendendo bem, com intensidade, com uma atitude generosa em campo. Será um jogo diferente – analisou o técnico Miguel Herrera.


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