29/5/2014 11:07

Para evitar boatos, Tite não irá a jogos do Brasil na Copa

Apesar de dizer que não está incomodado com os boatos sobre a chance de assumir a Seleção, Tite entende que é melhor ser discreto e ver os jogos do time de Felipão apenas na TV

Para evitar boatos, Tite não irá a jogos do Brasil na Copa
Tite não é só um técnico de futebol. É um estudioso, um especialista e um apaixonado pela bola. Gosta de estudar, ler livros e ir aos estádios para ver grandes times. É o que ele tem feito nos últimos meses, quando afastou quaisquer sondagens de quem queria contratá-lo. Seguiu como um típico torcedor, que gosta de conversar abertamente sobre qualquer tema. Em Lisboa para acompanhar a final da Liga dos Campeões, Tite deu entrevista exclusiva ao Terra nesse clima de conversa aberta.

Ele comentou sobre seu passado recente, seu futuro próximo e principalmente sobre a Copa do Mundo. Nem foi preciso perguntar muito sobre o assunto. Ele se empolgou e analisou as principais seleções de forma espontânea. Sabe um pouco sobre todas. Só não soube o que dizer quando comentou sobre sua presença nos jogos do Brasil.

Tite vai abrir mão do prazer e da visão de assistir a um jogo dentro do estádio. Ele está especulado como substituto de Luiz Felipe Scolari na Seleção e por isso pretende ser discreto. Diz que não está incomodado pelos boatos, mas claramente lamenta por não poder ver o jogo entre Brasil e Croácia, que será o duelo mais difícil da primeira fase para o time de Felipão, de acordo com Tite.

Sem poder ver o jogo do Brasil em campo, Tite marcará presença no duelo entre Espanha e Holanda, pois admira o futebol dos atuais campeões do mundo e o coloca como um dos mais admiráveis para a Copa, junto a Itália, Alemanha e França. Fã de inovações táticas, Tite aponta o Chile como possível surpresa, principalmente por causa do raro 3-6-1 do técnico Jorge Sampaoli.

Copa do Mundo à parte, Tite contou que tem perdido o sono por causa da saudade de treinar algum clube. E apesar das sondagens que recebeu, não abriu mão do "período de reavaliação" que planejou. Preferiu ler um livro de filosofia escrito por Johan Cruyff, estudar espanhol e italiano e conversar com a imprensa, com a qual discorda muitas vezes, mas também diz aprender. "Todo técnico tem que ser 50% apaixonado e 50% louco", brincou Tite, em entrevista em que mostrou ser mais do que 50% apaixonado por futebol.
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Veja em tópicos as declarações de Tite:

O que viu nesses seis meses fora

É uma possibilidade que eu tenho de acompanhar jogos importantes fora do País e dentro do País. É um momento de observar e ficar atento a sistemas táticos, preparação das equipes e jogos importantes. Porque eu tenho condição de ficar aprimorando, desenvolvendo e esse momento serve para isso. Tivemos acompanhando, em Manchester, o City contra o Barça; também o Arsenal contra o Bayern e agora a final da Liga. Vi as três equipes (Manchester City, Bayern de Munique e Real Madrid) que são as mais importantes hoje

Situação do futebol brasileiro taticamente

Está em proceeso de evolução, assim como seus dirigentes, que estão aprendendo que futebol mexe com paixão, mas tem que ser realista e tem que ter coragem suficiente para aguentar as pressões que vem de fora.

Assim como temos que buscar uma melhor qualificação em termos de atletas, assim como a imprensa, que outrora fazia só uma análise do "ganhou ou perdeu, melhor ou pior", mas hoje a análise é muito mais evoluída, mais detalhada. Tu avalia em termos táticos, termos técnicos, termos físicos, termos emocionais. Antes a cobertura do futebol era daquele cara que chegava na imprensa e falava 'pô, tu não tem nada para fazer, então vai para o futebol'.

Hoje não, a exigência é do profissional qualificado, que venha fazer uma entrevista e tenha poder de argumentação. Então há esse processo evolutivo, inclusive no Brasil. Um detalhe em relação à Europa talvez seja o problema da língua e também uma pitada de preconcento. Fala-se muito que o Brasil tem qualidade dos atletas, mas não técnico. Mas temos técnicos de grande qualidade também.

Dificuldade e estudo de idiomas

A facilidade de comunicação, em função do espanhol, facilita os técnicos argentinos e chilenos na Europa. Só acredito em sucesso com excelência no domínio da língua. Mas tem, por exemplo, Portugal. Você em condição na Itália, na Espanha, que são mais acessíveis de trabalhar e ter uma condição de fluência.

Não vou estudar inglês não, porque tu tem que ter uma fluência muito grande, mas italiano e espanhol, que são mais fáceis, sim - sou descendente de italiano, falo um pouco do dialeto e compreendo tudo, então isso pode vir a ser.

A busca é por apefeiçoamento sim, gosto de leitura, gosto de acompanhamento in loco, de enxergar a preparação das equipes, o clima de jogo, tudo aquilo que envolve a preparação, é importante para acompanhar o jogo, Mas ver o jogo na pressão do momento serve para você observar, ouvir e aprender, até com vocês da imprensa, o quanto o nível de opinião isso gera.

Hoje quando você está envolvendo não dá para fazer isso. São muitas coisas, muitas atribuições. Agora não, agora dá para eu dar um passo para trás, observar de fora, que ela é um degrau de uma escada para a gente poder subir


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