O meio-campista Petros deixou o gramado do estádio do Canindé aos 44 minutos do segundo tempo na vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na noite de quarta-feira. Um dos melhores em campo, saiu exausto e aplaudido pela torcida, para dar lugar a Danilo. Responsável por tornar a marcação do meio-campo alvinegro mais forte, o jogador foi comparado pelo técnico Mano Menezes a um ídolo recente da Fiel: o atacante Jorge Henrique, atualmente no Internacional.


A ideia do treinador é clara: colocar Petros para marcar sempre o “cérebro” do adversário. A última derrota do Timão, para o Figueirense, aconteceu justamente quando o meia contratado do Penapolense deixou a equipe titular. Consolidado ao lado de Jadson, que agora tem mais liberdade para criar, o jogador ganhou elogios de Mano, que lhe assegurou sequência na formação principal.


A comparação com Jorge Henrique se dá justamente pelo caráter “multifuncional” de ambos os jogadores. Embora atacante, o antigo camisa 23 do Corinthians virou uma das principais peças de Mano Menezes e posteriormente de Tite por ajudar na marcação aos laterais adversários. A importância tática era prioridade até mesmo em relação a quantidade de gols marcados.

– O Petros tem me lembrado o Jorge Henrique. Escolhíamos o lado que o lateral apoiava mais, já olhávamos para ele e sabíamos que ele trabalharia lá. São jogadores que tem essa capacidade. Não adianta dar para um jogador que não sabe executar, mesmo sendo mais dotado de talento – explicou o técnico.


Líder de desarmes no Campeonato Brasileiro (32 em oito jogos), Petros foi um dos destaques do Penapolense no Campeonato Paulista. A equipe do interior caiu na semifinal, para o Santos, após eliminar o São Paulo nos pênaltis na fase anterior. O meia demorou pouco tempo para se adaptar a um clube de maiores proporções, não sentiu o peso da titularidade e impressionou até mesmo a imprensa, pelo discurso firme e sem timidez.


Inicialmente criticado pelas constantes mudanças no Corinthians, Mano Menezes deixou claro que pretende manter a formação – postada em campo sob o esquema 4-4-2 – no último jogo antes da pausa para a Copa do Mundo, contra o Botafogo, domingo, e também nos treinamentos em Extrema, onde o Corinthians fará um intertemporada durante a competição.