29/5/2014 08:51
Mano comemora “resposta positiva” do Corinthians contra o líder
Técnico celebra importante vitória alvinegra sobre o Cruzeiro, segunda consecutiva do Timão na última semana antes da pausa para a Copa do Mundo
Vaiado pela torcida há uma semana, após o empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, o técnico Mano Menezes viveu uma noite bem mais tranquila no estádio do Canindé nesta quarta-feira. A vitória por 1 a 0 sobre o líder Cruzeiro, segunda consecutiva do Corinthians no Campeonato Brasileiro, recolocou a equipe na briga pelas primeiras posições do torneio e deu uma certeza ao comandante: a de que o Timão está se encaixando coletivamente em um momento fundamental.
– Em determinados momentos fizemos bons jogos isolados no Paulista, mas agora já é uma sequência. Fomos ao Recife, fizemos bom jogo, onde era difícil ganhar. Trouxemos isso para o jogo contra o Cruzeiro, que era um adversário de nível ainda mais alto. É o atual campeão e um dos favoritos. Quem quiser vencer o campeonato, vai ter de encontrá-lo na reta final. Esse é um aspecto muito positivo. A resposta que o time deu contra um adversário desse. É importante entender momentos, estágios que as equipes atravessam e as características. Foi o que mais me agradou na noite de hoje – celebrou o treinador.
A atuação consistente do Corinthians se estendeu pelos 90 minutos de jogo. Após um primeiro tempo com boas chances, a equipe encontrou em um chute de longe de Paolo Guerrero os importantes três pontos para subir na tabela e ganhar embalo a apenas um jogo para a pausa da Copa do Mundo. As atuações do goleiro Walter e principalmente do meio-campista Petros agradaram a Fiel.
Terceiro colocado do Brasileirão, com 15 pontos ganhos, o Corinthians pode terminar a nona rodada na liderança do torneio. O adversário do próximo domingo, na Arena em Itaquera, às 16h (horário de Brasília), será o Botafogo.
Veja a entrevista coletiva de Mano na íntegra:
Pressão e evolução da equipe
Independentemente dessa pressão interna que acontece, até um pouco de incompreensão com as escolhas, eu já tenho experiência suficiente para saber suportá-la e entender que uma equipe precisa ter de tudo, não pode só viver de um jogo ofensivo, que não tem sustentação. O Corinthians está se encontrando. Todos os jogos que fez com essa ideia não perdeu. É isso que o jogo está mostrando, isso que eu vou respeitarSegunda vitória consecutiva
O resultado é muito importante no resultado do nosso trabalho. Pode estar tudo certo e coerente, mas se o resultado não vem, não é suficiente. Conhecemos torcedor, sabemos como eles enxergam. Não está tudo maravilhoso, mas é óbvio que a semana frustrante passou e deu lugar a uma ideia mais promissora da equipe. Uma esperança de que nós possamos, com a continuidade da competição, retornar após a Copa do Mundo, pensar em algo maior, o que antes era apenas um sonho.
Comparação com o Cruzeiro
Cada equipe tem seu estágio. O Cruzeiro se repetiu muito durante esse período, essa repetição na maneira de jogar vai dando qualidade de jogo, somando-se às qualidades individuais. Nós repetimos talvez cinco jogos. Sofremos mais, precisamos respeitar o que o adversário faz e nos espelharmos para fazer uma reposição mais rápida. Precisamos avançar, mas só essa continuidade que torna possível dar expectativa ao torcedor.
Boas atuações de Petros
É muito comum encontrar um jogador que não tem tanta valorização em um primeiro momento, mas chega e se afirma. É importante entender aquilo que você pode dar. Na primeira entrevista do Petros, eu fui muito claro ao dizer que tipo de jogador ele era e o que esperávamos dele. Ele está sendo isso, na sua plenitude.
Função do Petros em campo
O Petros tem me lembrado o Jorge Henrique. Escolhíamos o lado que o lateral apoiava mais, já olhávamos para ele e sabíamos que ele trabalharia lá. São jogadores que tem essa capacidade. Não adianta dar para um jogador que não sabe executar, mesmo sendo mais dotado de talento. São durezas do futebol que, para o treinador, é difícil de explicar para os outros atletas.
Postura do Corinthians
Não tem faltado entrega em nenhuma circunstância. Na quarta passada, contra o Atlético, foi um jogo difícil. O time deles tem uma característica muito intensa. O jogo feio tecnicamente já havia sido muito disputado, exigindo uma postura de intensidade. Esse nível é de alta competição. A questão de jogo jogado, de técnica, sabemos que podemos melhorar, mas só é possível mudar com resultado positivo.
Mudança tática de Guerrero
Desde o clássico com o São Paulo mudou. Tiramos ele um pouco da zona dos dois zagueiros. Vinha jogando de costas para o gol, sofrendo muito, e a equipe não conseguia ser superior no meio campo. Trabalhamos essa nova maneira, vem dando certo. Ele encontrou um espaço que se completa bem com o Romarinho e dá a possibilidade de ter quatro jogadores no meio. É vital dominar esse setor. Se não for com posse, é com controle das ações. O Guerrero, como todos, é parte importante.
Melhor saída de bola
Quando falei que deveríamos começar com qualidade as jogadas, é a isso que estava me referindo. Precisa ter essa qualidade de saída. Na quarta passada o Atlético marcou muito, o Cruzeiro fez bem isso na primeira parte, mas é difícil. Fizemos escolhas melhores. Eu acho que o segredo é esse. Ir melhorando como equipe, como um todo. Vemos muitas equipes de qualidade saindo com a bola de trás e temos de ter a mesma ambição. Não conseguir às vezes é mérito do adversário. É melhor que chegue aos meias com maior qualidade.
Gritos de olé da torcida
Não acho que foi um jogo de tanta superioridade para dar olé. Tentamos prender a bola de maneira inteligente, é isso que a equipe tem de fazer. Se você perde a bola para uma equipe como essa, se escapa um contra-ataque e toma o gol, seria frustrante pelo que construímos. O fato de o torcedor ter gostado é a parte principal. Sei que não agradamos de forma integral, mas estamos trabalhando para isso.
Treino na Arena para domingo
Não vamos treinar na Arena, optamos por treinar no CT. O ganho que possa vir a ter nesse momento não é tão grande. Em relação a um pouco de oba-oba, de foto demais, desconcentração antes de um jogo. Era importante num primeiro momento, mas não treinamos no Pacaembu e jogamos lá. Não treinamos no Canindé e jogamos aqui. Vamos nos concentrar como sempre nos concentramos, dentro da normalidade, para fazermos um grande jogo e deixarmos uma impressão.
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