Sem grandes recordações de sua passagem pela Seleção Brasileira, Mano Menezes não se sente confortável ao dirigir o Corinthians com camisas amarelas. Segundo ele, não propriamente pelo passado na equipe nacional, mas pela razão óbvia: o time alvinegro é alvinegro.
“Não tem nada a ver com as lembranças, porque isso eu resolvo bem. Mas é estranho dirigir o Corinthians de amarelo. Fica parecendo o Borussia Dortmund, não o Corinthians”, afirmou o treinador, antes de fazer uma comparação mais paulista: “Ou o Novorizontino”.
A crítica não se restringe à formação do Parque São Jorge. Fornecedora de material esportivo do clube e da Seleção, a Nike também criou roupas amarelas para Coritiba, Santos, Internacional e Bahia, sob o pretexto de homenagear a equipe que buscará o hexacampeonato na Copa do Mundo.
A Umbro, que vestia o Brasil na conquista do tetra, em 1994, recordou o uniforme utilizado naquele ano nas terceiras camisas de Atlético-PR, Chapecoense e Grêmio. O Palmeiras, parceiro da Adidas, e o Cruzeiro, que trabalha com a Olympikus, também vestiram recentemente ou vestem amarelo.
“Acho que a gente precisava pensar nisso, de não descaracterizar tanto as cores da tradição na hora de fazer um terceiro uniforme”, disse Mano, que era o técnico do Corinthians, em 2008, quando foi lançada a camisa roxa do time supostamente alvinegro.
A centenária equipe do Parque São Jorge ainda teve outros dois modelos da roupa roxa, criticada por boa parte da torcida.
Depois, com diferentes justificativas – históricas ou não –, já vestiu bege, grená, cinza e azul. No período, não teve nenhum terceiro uniforme preto e branco.