Ídolo nacional, Roberto Carlos iniciou a sua trajetória na Seleção Brasileira em 1995, quando era um dos destaques do Palmeiras. Daí em diante, fez 125 partidas e conquistou um título da Copa do Mundo (2002). Com tanto tempo de "casa", o ex-jogador viveu de perto praticamente todo o mandato de Ricardo Teixeira como presidente da CBF, entre 1989 e 2012.

Hoje, a entidade máxima do futebol brasileiro é presidida por José Maria Marin. Já em 2015, o atual vice Marco Polo Del Nero assumirá o posto. Ambos participaram ativamente da gestão de Teixeira. Mas a perpetuação no poder do grupo de Ricardo Teixeira na CBF não é motivo de insatisfação ou de revolta para Roberto Carlos. Muito pelo contrário.

- Hoje a CBF é a referência do futebol no Brasil. Del Nero conhece bem a entidade. A atual gestão da CBF, que passou pelo Ricardo (Teixeira) e agora pelo Marin, é boa. Pode melhorar, mas é boa. Sou a favor da CBF. Tudo o que ela fez deu certo - declarou o ex-jogador, hoje treinador do Sivasspor (TUR), em entrevista ao LANCE!Net.

A favor da CBF, Roberto não vê com bons olhos a criação de uma liga fortalecida no futebol brasileiro. Isso porque, caso uma liga de clubes fosse criada, a confederação ficaria responsável apenas pelos interesses da Seleção Brasileira.

- O Brasil já se acostumou com a CBF cuidando de tudo. Fazer uma liga seria um suicídio - explicou.
Mais do que ser contrário à criação de uma liga, Roberto Carlos também não vê grande efeito nas manifestações do Bom Senso FC. O movimento de jogadores, segundo ele, não conseguirá mudar o cenário do futebol no Brasil.

- Os problemas no Brasil são as longas viagens e os estaduais problemáticos. Os jogadores ficam mortos. Mas sempre foi assim. As reivindicações não vão chegar a lugar algum. Os atletas reclamam de um lado, e a CBF nada faz do outro. A pressão (do Bom Senso FC) é grande, por isso uma coisinha ou outra vai mudar. Mas, no geral, tudo vai continuar igual por mais uns dez anos - finalizou.