O Corinthians só vai inaugurar o busto de Rivellino daqui a 10 dias, em um evento na sede do clube, mas o homenageado teve a chance de conferir o resultado da obra antes dos sócios e convidados que poderão ir à festa e não conteve as lágrimas. Surpreendido enquanto concedia entrevista ao "SporTV", o ídolo corintiano chorou muito ao ver a própria imagem eternizada e agradeceu ao clube por ser lembrado em vida e poder desfrutar dessa grande emoção, por tudo que viveu com a camisa do Timão, apesar de nunca ter conquistado títulos de expressão pelo clube
- Ficou bonito mesmo! O que acho que é mais importante, que é enaltecer, é receber em vida. Não tem dinheiro que pague. Está de parabéns o artista, realmente é o Rivellino. Vejo o Rivellino. Fantástico, muito obrigado mesmo - agradeceu, enquanto contemplava a própria imagem, ao lado do presidente do Corinthians, Mário Gobbi
Apesar da relação especial com o clube e com o torcedor, Rivellino não conseguiu grandes feitos pelo Timão e ainda viveu um dos momentos mais dolorosos da carreira quando deixou o clube, considerado culpado pela perda do título paulista de 1974 para o rival Palmeiras. O clube tentava acabar com um jejum e contava com o ídolo, campeão do mundo com a seleção brasileira em 1970.
- Imagina ser campeão paulista pelo Corinthians. Era uma coisa que eu, mais do que ninguém, queria - disse.
Rivellino lembra de ter chorado muito naquele dia, quando voltou para casa caminhando após a derrota. A consequência foi a transferência para o Fluminense, contra a vontade do jogador, que queria ter tido outra chance de ser campeão pelo time do coração.
- Saí do Morumbi e fui a pé para minha casa, pensando na vida e no que ia acontecer. É um desespero tremento, uma frustração muito grande. Não sei se havia um complô da própria imprensa de tirar o Rivellino do Corinthians e conseguiram - disse.
Ao longo da carreira, foram 473 jogos pelo Timão e 144 gols. Números que fizeram dele ídolo e colocam Rivellino ao lado de outros grandes nomes da história do clube, como Sócrates, Neco, Cláudio, Luizinho e Baltazar, também eternizados em bustos.
O ex-jogador tinha visto uma prévia da homenagem, por fotografia, e ao saber que teria a chance de ver a obra pronta já encheu os olhos de lágrimas. O agradecimento veio acompanhado de um choro intenso.
- Ainda bem que vim jogar no Corinthians. Não me arrependo de nada.