Clima de festa, torcida em peso, presença de grandes ídolos e ex-jogadores, mas também problemas operacionais e muitas obras a serem finalizadas até a abertura da Copa do Mundo, dia 12 de junho, no confronto entre Brasil e Croácia. A inauguração da Arena Corinthians neste sábado foi uma mescla de emoções e decepções.

Os mais de 17 mil torcedores presentes ao novo estádio tiveram o prazer de ver Rivellino, de pênalti, marcar o primeiro gol (contra) do estádio, de gritar o nome de Marcelinho Carioca, de aplaudir as embaixadinhas de Edílson, de gargalhar com as cambalhotas de Vampeta e, principalmente, de chorar com a belíssima homenagem ao ex-piloto de Fórmula 1 e corintiano roxo Ayrton Senna, cuja a morte completou 20 anos no último dia 1º de maio.

Cada partida durou apenas 15 minutos, mas foi tempo suficiente para o torcedor matar a saudade de importantes nomes da história e festejar muito. Teve gente até que encontrou tempo para criticar e xingar o presidente Mário Gobbi.

Mas, antes de qualquer motivo de comemoração ou desabafo, boa parte da torcida enfrentou obstáculos para acompanhar de perto um dos dias mais marcantes do Corinthians. Longas filas no metrô, trânsito, flanelinhas de sobra, falta de orientação de policiais, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e funcionários da Arena, entulhos e andaimes de construção espalhados por todos os lados, e telefonia móvel e internet instáveis. Problemas que não poderiam existir pouco mais de 30 dias antes do início do maior evento futebolístico do mundo.

Andrés Sanchez, ex-presidente alvinegro e hoje responsável pela Arena Corinthians, agradeceu a presença da Fiel com o grito “Demoramos 100 anos para conseguir o estádio, mas conseguimos. P…”!

É, o clube realmente conseguiu, mas ainda precisa terminá-lo. O tempo é curto e a preocupação é imensa. E não me refiro apenas à Copa do Mudo. No próximo domingo tem Corinthians x Figueirense, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Mãos à obra!