Guilherme e mais alguns jogadores do Corinthians posaram, na tarde desta segunda-feira, para um foto contra o racismo, em solidariedade a Daniel Alves, do Barcelona, que viu uma banana ser atirada em jogo contra o Villarreal e comeu a fruta em resposta irônica. Questionado sobre a situação, o volante do Timão explicou a iniciativa:

- Infelizmente, é brincadeira ter esse negócio de racismo. O Daniel foi o último a sofrer e bato palmas pelo que ele fez, de comer banana e provocar o torcedor que fez o gesto. Fizemos essa foto para dar força a ele. Os brasileiros estão juntos - destacou.

O volante pediu medidas enérgicas das federações do Brasil e do mundo quando fatos assim ocorrerem. Só neste ano, dois casos emblemáticos ocorreram com jogadores no país: com Tinga, do Cruzeiro, no jogo contra o Real Garcilaso, pela Libertadores, e com Arouca, do Santos, no duelo com o Mogi Mirim, no Campeonato Paulista. Em ambos, os clubes mandantes receberam multas.

- Acho que os torcedores que estão no estádio têm de dar uma força, parar o jogo e recomeçar só depois que esse rapaz que xingou ou atacou a banana fosse preso ou algo desse tipo. Deveria ter punição grave, não tem cor que define a pessoa. Tem de parar o jogo e o torcedor ser preso - disse Guilherme.

Curiosamente, no último domingo, o goleiro Felipe foi bastante hostilizado pela torcida do Timão, com insultos homofóbicos, toda vez que ele tocava a bola. Atleta corintiano entre 2007 e 2010, o jogador do Flamengo minimizou as provocações sofridas na saída de campo. Para Guilherme, não há comparação entre os casos.

- É mais uma provocação do que racismo. Não sei dizer se é certo ou errado, mas acho que não se compara. É mais uma espécie de birra que a torcida tem. Cada um tem uma maneira de pensar. Isso que aconteceu não é para tanto, para levar torcedor a ser preso - afirmou.

Com Guilherme, o Timão volta a campo na quarta-feira, às 22h, na Arena da Amazônia, contra o Nacional, pela segunda rodada da Copa do Brasil.