A diretoria do Corinthians convocou para sábado uma reunião extraordinária de seu Conselho Deliberativo. O encontro acontecerá no estádio de Itaquera, que é o motivo do encontro, enquanto uma missa em louvor a São Jorge estará sendo celebrada pelo padre Marcelo Rossi na sede do clube, na Fazendinha.

O principal item da pauta é a autorização de um aditivo ao contrato de construção da arena. O palco da abertura da Copa do Mundo, orçado inicialmente em R$ 820 milhões, acabará custando mais de R$ 1,1 bilhão, e é preciso que os conselheiros aprovem a nova conta – o que não deverá ser problema.

Os números apresentados anteriormente aos conselheiros previam o financiamento do estádio com R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outros R$ 420 milhões em CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento), isenção fiscal oferecida pela Prefeitura de São Paulo.

Demorou demais, no entanto, para que saísse o empréstimo do BNDES. Sem a grana federal, o Corinthians e a construtora Odebrecht tiveram de recorrer a empréstimos bancários, com juros muito maiores. Só aí, houve um acréscimo de mais de R$ 100 milhões na conta.

Quanto aos CIDs, já foram liberados R$ 350 milhões. Ainda chegarão R$ 70 milhões desses certificados, que, vendidos no mercado para o pagamento das obras, acabam perdendo ao menos 10% do valor. E segue a indefinição sobre quem pagará os cerca de R$ 60 milhões das estruturas provisórias do lado de fora do estádio.

Todos esses números serão apresentados no sábado, a partir do meio-dia, no mesmo dia em que acontecerá o primeiro evento-teste na arena, com crianças carentes e um público de 4.000 pessoas. Na reunião, os conselheiros também aprovarão mais um financiamento de R$ 350 milhões para a conclusão da obra.